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Caso Izabelle: Testemunhas contradizem policiais

Após receber estas provas é que o delegado deverá encerrar o inquérito policial, ou solicitar novas diligências.

Alagoas24horas/Arquivo

Reprodução simulada aconteceu na Rua Fred Stone, no Sítio São Jorge

Depois do confronto de versões entre acusação e defesa, a descoberta de testemunhas do episódio que resultou na morte da soldado Izabelle Pereira dos Santos, pode impor ainda mais dificuldades aos investigadores do caso. Uma mulher e um adolescente, ambos moradores do Sítio São Jorge, apresentaram versões bastantes distintas das apresentadas pelos militares do Batalhão de Radiopatrulha.

Em entrevista à imprensa na tarde de ontem (3), moradores da região disseram ter presenciado o fato. Segundo um menor, que estava na companhia de amigos, a viatura teria parado abruptamente após uma rajada de tiros, o condutor desceu da viatura, olhou a soldado Izabelle e após constatar que ela estava ferida, seguiu seu trajeto.

A segunda versão, apresentada por uma mulher, é de que não teria ocorrido o disparo da submetralhadora. Ela afirma que estava sentada na porta de casa quando ouviu três tiros serem disparados dentro da viatura. Assustada, a moradora afirma ter se arrastado para dentro de casa, temendo inclusive, ter sido baleada. As testemunhas deverão formalizar o que disseram à imprensa em depoimento ao delegado Lucimério Campos.

A reprodução simulada do que ocorreu no dia 30 de agosto também não convenceu o pai da soldado, que é militar reformado. Cláudio da Silva questionou em vários momentos as afirmações feitas pelos militares da guarnição.

Antes mesmo de começar a reprodução, familiares de Izabelle Pereira trouxeram um dado novo, um suposto relacionamento da militar com um colega de farda. A família ainda contou que uma suposta amiga teria ido ao Hospital Geral do Estado (HGE) no dia da ocorrência e teria apagado as mensagens do celular da soldado. As mensagens, no entanto, teriam sido recuperadas pelos peritos da Polícia Federal, sem acrescentar nenhum fato à investigação.

De acordo com o delegado Lucimério Campos, o laudo da reprodução simulada só deve ficar pronto em 2015, assim como o laudo da exumação. Após receber estas provas é que o delegado deverá encerrar o inquérito policial, ou solicitar novas diligências.