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Artesanato de usuários dos Caps é exposto no Centro de Convenções

Artesanato de usuários dos Caps é exposto no Centro de Convenções

Assessoria

Produtos Feitos Nas Oficinas do Caps

Definidas pelo Ministério da Saúde (MS) como atividades grupais destinadas à socialização familiar e social dos usuários, de forma a estimular o desenvolvimento de habilidades, da autonomia e o exercício da cidadania, as oficinas terapêuticas são um realidade bastante produtiva nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) de Maceió, que mantêm em exposição, até esta sexta-feira (5), no Centro de Convenções, em Jaraguá, o resultado dos trabalhos realizados com seus usuários e familiares.

A mostra dos trabalhos das oficinas terapêuticas faz parte da programação do I Seminário Alagoano da Rede de Atenção Psicossocial (RAPF) e IV Seminário Alagoano dos Caps, colocando em evidência as experiências exitosas obtidas com a estratégia, que tem revelado talentos para o artesanato e surgido como alternativa de renda para muitas famílias.

“Além de fazer parte das atividades de acompanhamento dos pacientes, as oficinas se estendem às mães desses usuários que, por conta dos cuidados com os filhos, não têm como se manter num emprego formal. Com as atividades, elas se sentem úteis, valorizadas e, em muitos casos, acabam descobrindo uma nova fonte de renda para a família”, afirma a responsável pela área de eventos da coordenação de Saúde Mental do município, Adriana Murta.

Participaram da exposição três dos cinco Caps do município – Dr. Rostand Silvestre (Jatiúca), Dr. Everaldo Moreira (Caps AD, no Farol) e Noraci Pedrosa (Conjunto José da Silva Peixoto) – com variados trabalhos artesanais, transformando materiais como folha de bananeira, sementes, sacos plásticos, papel, papelão e latas em belos artigos de decoração. No stand também podem ser vistas toalhas de mesa bordadas e feitas em crochê.

A artesã Virgínia Santos é uma das oficineiras dos Caps de Maceió. Há um ano e nove meses, ela ensina como transformar a folha de bananeira em belos arranjos florais. Boa parte do material utilizado nas oficinas é custeado pela própria artesã, que vê nisso uma oportunidade de contribuir com o dia a dia dos pacientes e suas famílias.

“É gratificante ver como o artesanato pode mudar a vida dessas pessoas, fortalecendo sua autoestima. E é uma atividade que ela podem desenvolver dentro de casa. O importante é incentivar essas mães a continuarem produtivas, pois a geração de renda virá como consequência disso”, afirma Virgínia.

A oficineira Quitéria Soares também compartilha o pensamento da artesã. Ela reforça que além de constatarem o avanço dos filhos, as mães também descobrem talentos que nem sabiam que possuíam.

“Com a extensão das oficinas terapêuticas à família, o tratamento e acompanhamento desses pacientes ganha mais eficiência, pois todo o grupo familiar passa a ser acompanhado também com o suporte necessário oferecido pelos CAPS. E isso soma ainda mais conhecimento para nós, numa grande troca de experiências de vida”, diz Quitéria.