Os trabalhadores rurais iniciaram nesta quarta-feira, 10, a última edição do ciclo das tradicionais Feiras da Reforma Agrária.
MLST
Os trabalhadores rurais iniciaram nesta quarta-feira, 10, a última edição do ciclo das tradicionais Feiras da Reforma Agrária. Até o próximo sábado (13), centenas de agricultores de várias áreas do Estado comercializaram na Praça da Faculdade, no bairro do Prado, os alimentos frutos das lutas e mobilizações ocorridas durante todo o ano de 2014.
Estão a disposição da população os tradicionais alimentos como a abóbora, macaxeira, batata, feijão, hortaliças, legumes, verduras e animais. De acordo com o técnico em agronomia, Sebastião Ronaldo, os alimentos produzidos em áreas de acampamentos e assentamentos são garantia de um produto com sabor social e livre de veneno.
“Um inhame leva em torno nove meses para se colhidos e tudo isso ocorre em um processo de controle natural de pragas e insetos, diferente dos que são produzidos nesses supermercados de Maceió que são colhidos em menos de quatro meses. Para isso eles metem muito veneno e isso é ruim para a nossa saúde”, explicou a agricultora rural Aparecida, do acampamento Sede, em Murici.
Os trabalhadores são acompanhados pelo Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST). De acordo com Josival Oliveira, da organização, “a Feira é uma justificativa à sociedade das mobilizações que realizamos durante todo o ano. Lutamos para proporcionar isso aqui, que os alimentos cheguem na mesa do trabalhador e não apenas a cana e agora o eucalipto”.
Durante a noite a festa ficará por conta de Micheline Encanta e Igbonan Rocha. Nesta quinta-feira (11) será a vez de Janaina Martins e Luana Costa; Já na sexta-feira (12) Guila Gomes e Bruno Hitan.
Na próxima sexta-feira (12), às 19h, haverá um dialogo sobre a luta pela terra e o desafio da contemporaneidade. A discussão faz parte do Projeto Mora na Filosofia, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).