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Delegado que ‘ostentava’ na web é preso por envolvimento com o tráfico

Eduardo Wagner liberava droga apreendida para traficantes, diz polícia. Advogado de defesa nega participação de Eduardo Wagner nos crimes.

Reprodução/Facebook

Eduardo Wagner durante um dos seus passeios de iate

Um delegado de Guarujá, no litoral de São Paulo, foi preso, na noite desta segunda-feira (3), por envolvimento com o tráfico de drogas. De acordo com informações da polícia, Eduardo Wagner atuava em conjunto com traficantes da cidade. Além de Wagner, outras cinco pessoas foram presas durante a operação.

De acordo com informações da polícia, a prisão do delegado foi realizada após uma operação iniciada a partir do momento em que uma escuta telefônica comprovou a ligação dele com o tráfico. A operação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), da Polícia Civil, com apoio do Batalhão de Ações Especias (Baep) da Polícia Militar e da Guarda Municipal de Guarujá.

Segundo a polícia, Eduardo Wagner era conhecido em Guarujá por ter o hábito de postar imagens ostentando bens e viagens pelas redes sociais. De acordo com informações da Polícia Civil, na casa de um casal preso durante a operação foram apreendidos cerca de R$ 10.260, celulares, notebooks, agendas telefônicas, extratos bancários e várias armas.

De acordo com informações obtidas pelo G1, em uma das escutas, uma pessoa que foi identificada como o delegado Eduardo Wagner, é flagrada dizendo para um criminoso que iria devolver entorpecentes apreendidos em uma operação. Segundo a corregedoria da polícia, a investigação corre sob segredo de Justiça.

O G1 entrou em contato com o advogado Armando de Mattos, responsável pela defesa do delegado, que afirmou que um pedido de revogação da prisão deverá ser feito nas próximas horas. "Vou pedir a revogação da prisão do Eduardo. Ouvi todas as escutas citadas pela polícia e posso garantir que os traficantes conversavam entre eles. Ele não tem antecedentes e fez uma boa carreira. Nunca se envolveu com nada", afirma.