E para isso, deverá formalizar uma parceria entre a secretaria e a Universidade Federal de Alagoas (Ufal).
Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam para a existência de aproximadamente 165 mil analfabetos em Maceió. O índice representa em torno de 16% da população da capital, estimada em cerca de um milhão de habitantes. A secretária municipal de Educação, Ana Dayse Dorea, anunciou nesta semana a determinação de trabalhar ao máximo para reduzir esse número. E para isso, deverá formalizar uma parceria entre a secretaria e a Universidade Federal de Alagoas (Ufal).
A secretária reuniu os setores da própria secretaria municipal de Educação (Semed) responsáveis pelo planejamento da pasta, com a finalidade de realizar o levantantamento dos números da secretaria, e assim, elaborar o diagnóstico fiel do quantitativo de estudantes matriculados nos programas voltados para o letramento de alunos fora da idade escolar, a exemplo do Brasil Alfabetizado (PBA) e Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem). De acordo com o departamento de Jovens e Adultos da Semed, quase nove mil alunos estão inseridos nessa condição na rede municipal de ensino da capital.
A secretária informou que começou as tratativas com um grupo de trabalho da Ufal, coordenado pela professora Ruth Vasconcelos, cujo objetivo é implementar ações que podem contar, inclusive, com o apoio do Ministério da Educação (MEC) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Este último tem se tornado um dos principais parceiros na construção de um novo e eficiente modelo educacional para a capital.
“Podemos conversar com os diretores das escolas para conhecer toda a realidade e, só assim, poder tratar esse mal, que é o analfabetismo”, disse Ana Dayse. Ela antecipou que, como ação que demonstra a construção de uma nova realidade da educação da capital, as matrículas para o ano de 2015 na rede municipal de ensino deverão ser feitas de forma online, a fim de dar transparência e agilidade ao processo.