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Delegado confirma versão de crime passional e pede prisão de suspeita

De acordo com o delegado Jobson Cabral, Luciana Maria da Silva teria fortes interesses na morte do cabo da Polícia Militar Adelson Santos.

Milton Rodrigues/Alagoas24horas

Delegado Jobson Cabral

O delegado Jobson Cabral, titular da Delegacia de Marechal Deodoro, confirmou na manhã desta quarta-feira (19) que o crime que vitimou o cabo da Polícia Militar (PM) Adelson Santos da Silva, de 48 anos, teve motivação passional.

A versão mais recente da mulher envolvida com o cabo, Luciana Maria da Silva, já indicava que Adelson foi assassinado por “vingança”. Ela chegou a mudar a declaração duas vezes antes de afirmar essa história.
De acordo com o delegado, a morte do policial foi armada por Luciana, que teria interesse direto na morte.

Antes de se envolver com a vítima, Luciana Maria teria mantido um relacionamento com um homem considerado perigoso na região. Erivan Jacó da Silva, de 34 anos, é apontado pela polícia como chefe de um grupo de extermínio em Marechal Deodoro. O relacionamento de Luciano com Erivan ocorria ao mesmo tempo em que ela se relacionava com o militar.

“Com a morte misteriosa de Erivan Jacó, no dia 19 de junho, os amigos dele teriam atribuído o crime ao cabo e articularam a sua morte”, disse o delegado.

Jobson Cabral evitou citar o nome dos outros dois homens que participaram do crime. Ele alega que caso isso seja feito, as atuais diligências da polícia podem ser prejudicadas. “Mesmo assim adianto que já solicitei a prisão preventiva da amante do cabo e dos dois envolvidos”, garante o delegado.

O CRIME

O homicídio ocorreu no dia 3 de novembro em uma rodovia que liga Marechal Deodoro a Pilar. Na ocasião o militar viajava com sua esposa em direção a cidade de Atalaia, quando o pneu do carro furou.

Enquanto o militar fazia os ajustes necessários para retomar a viagem, três homens se aproximaram do carro, um deles armado com uma espingarda calibre 12. Aparentemente sem dizer nada, o homem abriu fogo contra o rosto do militar. Nada foi roubado do casal durante a ação.

Adelson chegou ainda a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral do Estado (HGE). Pouco mais de 10 dias após o crime, na última terça-feira (18), o militar não resistiu aos ferimentos e veio a falecer.