Manifestação pede fim da violência e impunidade no campo.
Sem-terra lembram crime impunes e cobram justiça
Trabalhadores rurais ligados ao Movimento Sem Terra realizaram na manhã desta sexta-feira, dia 28, um ato pacífico em frente à sede do Tribunal de Justiça, no Centro da capital, e cobraram agilidade nos processo que envolvem casos de violência no campo.
Segundo declarações da coordenadora regional dos sem-terra, Débora Nunes, a mobilização de hoje reúne cerca de 1.200 trabalhadores na capital e outros 500 em Delmiro Gouveia, no Alto Sertão. Débora explica que o ato tem como objetivo promover na sociedade e nos representantes do poder judiciário um momento de reflexão sobre a violência – seguida de impunidade – no campo.
A mobilização estadual dá ênfase para o caso do agricultor Jaelson Melquíades, morto em uma emboscada no município de Atalaia. Melquíades era considerado uma importante liderança do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e amanhã (29) completam nove anos desde a sua morte e o caso continua impune.
“A mesma Justiça que garante a reintegração de posse em tão pouco tempo, engaveta os processos relacionados à violência no campo”, declara Débora que endossa afirmando que a demora em julgar tais ações ‘fomentam’ a impunidade. A reforma agrária é sempre pauta do MST, mas viemos discutir temas que envolvem toda a sociedade, conclui.