Debate mobilizado pela vereadora Heloísa Helena (PSOL) tem como objetivo aproveitar o recurso previsto do governo da ordem de R$ 399 milhões que devem ser investidos em Maceió a partir de 2015.
Audiência Público sobre mobilidade urbana atraiu interesses de poucas pessoas
Com um repasse previsto de R$ 399 milhões do governo federal para investimentos em mobilidade urbana em Maceió, a Câmara Municipal promoveu nesta sexta-feira (28) a audiência pública de construção de propostas em alternativas para o trânsito e que serão inseridas na Lei Orçamentária Anual (LOA).
O debate mobilizado pela vereadora Heloísa Helena (PSOL) tem como objetivo aproveitar o recurso previsto do governo que possui um prazo limite de aprovação de propostas até 2015.
De acordo com a vereadora, o momento é de “extrema importância” e que servirá como referência para futuras obras de infraestrutura que o Executivo irá executar nos próximos anos. “Vamos discutir aqui aspectos relacionados à fiscalização, monitoramento e controle da mobilidade urbana. Tudo vai desde à padronização das calçadas, à utilização de redutores de velocidade, obras de infraestrutura e de ciclovia”, destaca a parlamentar.
As sugestões foram acompanhadas de perto pelo presidente da Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas (Adefal), Luiz Carlos de Olivera, além do arquiteto e urbanista Daniel Moura, membro do Movimento Bicicletada, além do secretário de Planejamento de Maceió, Manoel Messias.
Segundo o secretário, a cidade possui diversas dificuldades conhecidas pela população, mas que foram agravadas porque o município não realizou nenhum estudo durante os últimos 30 anos. “Precisamos valorizar o planejamento. Implantamos a experiência da faixa seletiva para ônibus, mas ainda é muito pouco”, discursou o secretário.
Uma das alternativas discutidas durante a sessão é a valorização do uso de bicicletas e a criação de ciclovias em toda a cidade. De acordo com Heloísa Helena, a criação desse espaço voltado para o usuário de bicicleta se traduz em uma alternativa sustentável e que é valorizada em diversas cidades no mundo. “É interessante analisar com isso que aqui cerca de 90% dos trabalhadores da construção civil utilizam a bicicleta”, destaca.
O PSOL, que solicitou da Mesa Diretora da Casa de Mário de Guimarães, a oficialização da perda de mandato do vereador Guilherme Soares (PROS), por faltar mais de 70% das sessões ordinárias, as sessões públicas como a de hoje continuam sem a presença maciça da bancada em um debate importante.
“A partir do momento que a ‘pregucite’ foi tornada pública houve um aumento da pressão da sociedade e que originou uma participação maior dos faltosos… Já nas audiências públicas eu nem me encho muito de expectativa, pois poucos aparecem”, voltou a criticar a vereadora.
Segundo o que foi veiculado na imprensa, dos 21 vereadores eleitos, 14 podem perder seus mandatos por faltarem às sessões regulares da Câmara. Caso confirmado, quem deve assumir a vaga são os suplentes.