Esta bactéria resiste ao tratamento em boa parte dos casos e, nos demais, acaba matando as bactérias que vivem no intestino e ajudam a manter as patologias sob controle.
Especialistas estão testando uma nova forma de combater a ‘clostridium difficile’, um tipo severo de diarreia causado por bactéria, responsável por um quarto das internações e pela morte de 14 mil pessoas por ano nos Estados Unidos. No entanto, a novidade pode parecer bizarra, à primieira vista: trata-se de cápsulas de fezes congelada. Com informações do site IFL Science.
Esta bactéria resiste ao tratamento em boa parte dos casos e, nos demais, acaba matando as bactérias que vivem no intestino e ajudam a manter as patologias sob controle.
Por isso, médicos têm recorrido a um procedimento chamado “transplante fecal de microbiotia”, chamado pela sigla FMT, que fornece material fecal fresco para ajudar a restaurar o equilíbrio destas bactérias boas.
Geralmente, são usadas conoloscopias invasivas ou sondas, que vão do nariz até o estômago.
Elizabeth Hohmaan, do Hospital Geral de Massachusestts, conta que enfiar os tubos não é tarefa simples. “E se a pessoa engasgar e vomitar? Inalaria material fecal? Isso é muito assustador”, observa.
As pílulas de fezes congeladas parecem ser efetivas, de acordo com um pequeno estudo publicado nesta semana no Journal of the American Medical Association.
Pesquisas anteriores mostram que o material congelado funciona tão bem quanto o fresco. Para investigar a segurança das cápsulas orais, Hohmann e sua equipe analisaram 20 pacientes entre 11 e 89 anos qeu tiveram pelo menos três episódios de infecção.
As amostras de fezes foram dadas a voluntários saudáveis, e então filtradas, dilúidas, rastreadas e colocadas em cápsulas, armazenadas a menos de 80 graus célcios durante quatro semanas.
Os pacientes tomaram 15 cápsulas por dois dias seguidos. Elas deveriam abrir ao alcançar o intestino delgado. Os sintomas sumiram completamente em 14 pessoas, após um único tratamento.
Os outros seis pacientes receberam um segundo tratamento e os sintomas sumiram em cinco deles. Apenas um paciente voltou a ter infecção.
A conclusão é que o procedimento mostra sucesso em 90% dos casos, mostrando-se tão segura e eficaz quanto os métodos tradicionais de transplante fecal.
Isso também simplificaria o procedimento e poderia ser aplicado em uma população maior.