Categorias: Economia

Nível de endividamento do consumidor em Maceió reduz pelo terceiro mês consecutivo

Cartão de crédito é o tipo de dívida de 80% dos entrevistados que têm contas a pagar

Ilustração

Ilustração

Uma pesquisa realizada com cerca de 500 famílias de Maceió revelou que o Índice de Endividamento do Consumidor (IEC) da capital alagoana recuou 2,1% entre os meses de agosto e setembro, caindo dos 70,6%, em agosto, para 69,1% do total dos consumidores pesquisados em setembro. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio de Bens e Serviços e Turismo (CNC) com análise do Instituto Fecomércio AL de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento (IFEPD).

Comparando o mês de setembro em 2013 e 2014, o IEC diminuiu 11%, demonstrando que os indicadores de endividamento deste ano são melhores. Na média, o IEC de 2014 é 67,9%, permanecendo abaixo dos 74% registrado no ano passado.

Já o percentual de consumidores com dívidas atrasadas se manteve estável, variando apenas 0,1% entre agosto e setembro. Em comparação com o mesmo mês no ano passado, a taxa é menor em 35% (20,3% contra 26,9%). Na média parcial de 2014, este indicador alcança 21,6%, contra os 29,2% em todo ano de 2013.
Em relação à taxa de inadimplência, o crescimento foi de 17,2% em comparação com agosto, registrando aumento pela quinta vez consecutiva. Essa tendência de crescimento preocupa, pois, o nível alcançado em setembro já é superior à média do ano de 2013, quando este índice alcançou 7,83%.

O cartão de crédito é tipo de dívida mais comum entre os consumidores (80,8%), seguido dos carnês de lojas (13,1%) e financiamento de casas e carros (3,9% e 3,8%). Apesar de ainda ser o tipo de endividamento mais comum, as dívidas no cartão de crédito marcam menor incidência que ano passado, quando passava de 90% de todas as dívidas. As famílias que ganham mais de 10 salários mínimos foram as que mais utilizaram e se endividaram com cartões de crédito no mês de agosto (88%).

Serviços e pagamento de dívidas consumiram 33,7% da renda das famílias maceioenses, apesar de o limite prudencial ser de 30% para comprometimento da renda. Entretanto, há um ponto positivo: em relação a agosto ocorreu uma diminuição de 3,8% neste índice.
Segundo análise do Instituto Fecomércio AL, os números gerais do endividamento do consumidor da capital alagoana ainda são mais confortáveis que os níveis apontados no ano de 2013. A preocupação fica por conta da taxa de inadimplência, que pode ser explicada pelos altos níveis das taxas de juros sobre o crédito e financiamento, comprometendo a capacidade de pagamento futuro dos consumidores.

A pesquisa na íntegra pode ser conferida através do site do IFEPD: www.fecomercio-al.com.br/ifepd/