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Americano faz sucesso com rap que ensina verbos irregulares de inglês

O psicólogo Jason Levine estuda o aprendizado de língua estrangeira. Veja vídeo com trecho de rap que ensina os verbos irregulares no inglês.

Divulgação/Nurse Juno

O americano Jason Levine criou a persona Fluency

A carreira profissional do americano Jason Levine é multidisciplinar: formado em psicologia, ele enveredou para a área da aprendizagem de línguas estrangeiras e, recentemente, mesclou seu gosto pela música com o ensino e a tecnologia do YouTube e se tornou uma celebridade para alunos de todo o mundo que aprendem inglês. Hoje, ele atende pela alcunha de Fluency MC (MC da Fluência, em inglês), mantém um canal de vídeos que já foram vistos mais de 4 milhões de vezes e oferece treinamento a professores de todo o mundo que ensinam o inglês como segunda língua.

Uma de suas músicas mais famosas se chama "Stick Stuck Stuck" e foi a forma que Levine encontrou para ensinar os temidos verbos irregulares. Como a língua inglesa tem diversos deles, que exigem a memorização das conjugações no passado simples e no particípio, muitos estudantes de inglês acabam traumatizados na hora de aprendê-los.

Por isso, o americano decidiu fazer uma lista de dezenas destes verbos, como "sleep" (dormir), "shoot" (atirar) e o próprio "stick" (grudar), e escreveu uma canção onde eles aparecem nos versos dentro de um contexto.

Em entrevista ao G1, Levine explicou que seu método se baseia no que ele chama de três Rs: "É uma fórmula que se resume a três palavras: relax, repeat, remember [relaxe, repita, lembre-se]", disse ele. Segundo o professor, porém, as letras de rap com dicas de aprendizado do inglês não servem para a memorização, e sim para que os estudantes pratiquem as lições de forma divertida e, assim, conseguem relembrá-las quando precisam.

O especialista afirma que o inglês como segunda língua é ensinado e aprendido, ao contrário do inglês como língua materna que, assim como qualquer outra língua da "comunicação cotidiana", não é ensinada ou aprendida pelo falante, mas sim "adquirida". Por isso, um falante nativo e um falante estrangeiro se expressam de formas distintas na mesma língua.

O usuário daquela língua estrangeira, então, se torna cada vez mais fluente e preciso quanto mais experimenta essa prática de "comunicação cotidiana", segundo Levine. "A fórmula é essa: 1) grande quantidade de ‘input’ [absorção de conteúdo] compreensível através da audição e da leitura; 2) ampla oportunidade de praticar a língua que eles [alunos] adquiriram; e 3) interesse intrínseco no conteúdo e nas atividades que estão fazendo com a língua."