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Centro de Atendimento Socioassistencial completa um ano

Com isso, problemas como a falta de espaços adequados aos atendimentos e a improvisação de materiais – reivindicações antigas dos usuários e dos servidores – foram resolvidos.

​Netto Motta/Ascom Semas​

​Netto Motta/Ascom Semas​

Há um ano, a Prefeitura de Maceió inaugurava o primeiro Centro de Atendimento Socioassistencial do município, o Casa. No dia 18 de outubro de 2013, pela primeira vez, os usuários dos programas socioassistenciais, oferecidos por meio da coordenação geral dos Benefícios Assistenciais da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), recebiam uma sede para concentrar as demandas do serviço. Com isso, problemas como a falta de espaços adequados aos atendimentos e a improvisação de materiais – reivindicações antigas dos usuários e dos servidores – foram resolvidos.

Localizado na Rua Amazonas, nº 90, em frente à Praça da Faculdade, no bairro do Prado, o Casa atende diariamente uma média de 150 beneficiários de diferentes programas, como os que oferecem os Benefícios Eventuais (BE) e os Benefícios de Prestação Continuada (BPC), além dos serviços de retirada da Carteira de Passageiro Especial e da Carteira Intermunicipal e Interestadual do Idoso.

Dentro dos dois mil usuários recebidos por mês, pela equipe de profissionais do Casa, está a aposentada Maria Cícera Feijó da Silva, de 71 anos. Moradora da parte baixa da capital, a idosa, que está prestes a pegar a carteirinha que dá direito à gratuidade no transporte intermunicipal, conta que foi orientada no centro a procurar seus próprios direitos.

“Passava por uma dificuldade financeira que me impedia de visitar meus parentes do interior. Não tinha dinheiro para pagar a passagem até Arapiraca e ficava com vergonha disso. Foi aqui no Casa que me disseram que, por receber apenas um salário mínimo, eu estava no perfil para a carteira” completou a idosa bastante sorridente.

A coordenadora geral dos benefícios assistenciais da Semas, Wellida Santos, destacou a diversidade do perfil dos usuários atendidos pelo Centro. “Temos uma atenção constante às prioridades do nosso público, formado principalmente por jovens, idosos e portadores de necessidades especiais. Eles nos dão energia e nós estamos aqui para retribuir toda essa importância que eles têm para a sociedade, em serviços que são deles por direito”, disse Wellida.

Planejamento Profissional

Enquanto no pátio externo do Casa os beneficiários tiram dúvidas com os profissionais da unidade, na sala do BPC, assistentes sociais, psicólogos e coordenadores administrativos se reúnem frequentemente para avaliar o serviço prestado aos maceioenses. O objetivo da equipe é avaliar os métodos de acompanhamento dos beneficiários, a capacidade de resolução dos problemas apontados pelos mesmos e os pontos a serem melhorados.

A secretária municipal de Assistência Social, Celiany Rocha, reforçou a preocupação com a oferta do serviço que, segundo ela, “tem que ser no mínimo excelente” e contou que novos investimentos já estão sendo planejados para a unidade. “É um serviço importantíssimo que é prestado à população e que a atual gestão municipal direcionou um olhar especial, que estava sendo esperado há anos por esses usuários. Quando visitei a unidade, tive a oportunidade de ouvir os próprios beneficiários em relação ao serviço prestado e estamos trabalhando tendo como base as reivindicações dos próprios”, disse Celiany.

Lei dos Benefícios Eventuais

Uma das melhoras significativas na prestação dos serviços públicos oferecidos pelo Casa aconteceu graças à regulamentação da Lei dos Benefícios Eventuais. No dia 14 de agosto deste ano, o prefeito Rui Palmeira sancionou a Lei que garantiu ao município de Maceió o Prêmio Nacional de Boas Práticas de Gestão, do Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas). Considerado um marco na política da pasta, a Lei prevê, entre as principais melhorias oferecidas ao usuário, o aumento do valor e dos prazos provisórios, junto com o de renovação, de vários auxílios.

Assistente social dos Benefícios Eventuais há seis anos, Emygeylyane Oliveira lembra que quando os usuários não contavam com sede exclusiva para o serviço, sofriam para serem atendidos em tendas colocadas do lado de fora da Semas. “No passado todo o nosso público era atendido de forma bastante deficiente. Mas com a sede, os usuários passaram a se sentir acolhidos e notaram que aqui se revolve praticamente de tudo. Antes os atendimentos chegavam a ser espalhados pelas sedes de outros serviços porque não tinham como atender todo mundo, por causa da falta de estrutura” contou.