Categorias: Justiça

Defesa afirma que não há provas de que Mancha cometeu crime

Defesa afirma que não há provas de que Mancha cometeu crime

Alagoas 24 horas

Anderson de Menezes Cerqueira, de 25 anos

Pouco tempo após o início do julgamento de Anderson de Menezes Cerqueira, de 25 anos, conhecido como Mancha, acusado de integrar da quadrilha de Charles Gomes, o Charlão, o juiz Maurício Breda suspendeu o júri. O magistrado solicitou que um oficial de justiça fosse até a Delegacia de Homicídios para buscar um áudio mencionado nos autos do processo e que até o momento não havia sido apresentado em juízo.

Os advogados de Mancha, Alexandre Omena e Juliana Almeida explicaram que trechos transcritos de uma interceptação telefônica teriam sido citados, mas o áudio propriamente dito não fora disponibilizado. A defesa alega que na época em que o inquérito foi instaurado deveriam ter solicitado um teste de voz para comprovar se era compatível com a do réu. “O juiz mandou buscar o áudio, mas este teste não poderá mais ser feito hoje porque com o passar do tempo a voz de uma pessoa muda”, disse Omena.

A defesa também alega que não há provas que apontem que Anderson Cerqueira cometeu crime e adiantam que estão sustentando a negativa de autoria.

Segundo informações apuradas pelo Alagoas24Horas, não há testemunhas arroladas no caso e apesar disso, a expectativa é que o julgamento termine à noite, após a oitiva do réu e apresentação da promotoria e defesa.

Mancha foi preso em julho do ano passado durante uma grande operação conjunta das polícias Civil de Alagoas e Sergipe. O réu seria integrante da quadrilha de Charles Gomes, o Charlão, preso em 2006 por comandar o tráfico de drogas na região do Bom Parto, era procurado pela Polícia Civil de Alagoas há alguns anos.

Anderson Cerqueira está sendo julgado por um dos seus crimes, o assassinato de Florisvaldo Peixoto Silva Lima, em 2013, em Maceió. O réu também é apontado como autor na morte do estudante Elton Felipe dos Santos Santana, morto no bairro do Bom Parto, em 2009.

De acordo com informações da polícia, a quadrilha que Mancha atuava era conhecida por andar fortemente armada com metralhadoras, rifles e espingardas de calibre 12, de repetição, além de pistolas 9mm.