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Padrasto acusado de matar enteado por ‘chorar demais’ vai a júri popular

Crime chocou moradores de Nova Aliança, em 2012. Processo corre em segredo de Justiça; data para júri não foi marcada.

Reprodução / TV TEM

Criança de 2 anos morreu depois de ter sido espancada

Um padrasto acusado do assassinato do próprio enteado de dois anos, em 2012, em distrito de Nova Aliança (SP), vai a enfrentar o júri popular. A sentença, assinada pelo juiz Marco Antonio Costa Neves Buchala, foi publicada nesta semana pela Justiça Criminal de Potirendaba (SP). O réu está preso desde a época do crime.

O caso chocou a região e deixou os moradores revoltados. O homem teria confessado o crime e alegou que a criança chorava demais, por isso, bateu sua cabeça contra uma parede. A família suspeitava que as agressões acontecessem há meses. “Ele já havia aparecido uma vez com a cabeça machucada. Ao ser questionada, a mãe disse que não tinha o visto cair”, diz Dalva Dutra Santana, avó da criança.

Ao G1, o advogado do réu, Andre Alberto Nardini e Silva, informou que a família do acusado não irá recorrer da decisão devido a demora do processo e que entrou com um pedido para que o julgamento não seja realizado em Potirendaba, por conta da repercussão do caso. Ainda disse que entrou com pedido de habeas corpus, que está sendo analisado pelo Tribunal de Justiça e que a acusação de abuso sexual foi descartada pela Perícia.

O processo corre em segredo de Justiça e a data para o júri ainda não foi marcada. O G1 tentou contato com a família da criança, mas não obteve sucesso.

Relembre o caso

A criança teria morrido depois de ter sido espancada e abusada sexualmente pelo padrasto, de 22 anos. Os dois estavam sozinhos em casa no momento da agressão, enquanto a mãe da criança trabalhava fora. Segundo a polícia, o homem confessou o crime e a família suspeita que as agressões aconteciam há meses.

O acusado foi preso em flagrante por homicídio qualificado por motivo fútil. A pena desse crime varia de 12 a 30 anos de prisão. A mãe também foi detida, prestou depoimento, foi liberada, mas perdeu a guarda definitiva do outro filho, hoje com cinco anos.