Polícia Militar disse estar utilizando há 3 anos o equipamento e nunca houve registro de falhas.
O modelo de submetralhadora .40 usada pela soldado Izabelle Pereira dos Santos, de 25 anos, é utilizado pela Polícia Militar (PM) há cerca de três anos e nunca apresentou problemas. A afirmação é do instrutor técnico da PM, tenente Raphael, que leciona aulas na polícia sobre o manuseio de armas de fogo.
Izabelle Pereira morreu no domingo (31), após ser atingida por uma rajada do seu próprio armamento enquanto realizava rondas no bairro do São Jorge, junto com outros três militares do Batalhão de Radiopatrulha. A Secretaria de Estado da Defesa Social (Seds) acredita que o caso tenha sido acidental, já que os disparos ocorreram no interior da viatura.
“De todo esse tempo na PM não há relatos de incidentes com esse armamento. Nem durante os treinos e nem durante as atividades”, informa Raphael.
Segundo o capitão Tavares, comandante do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças, onde são formados sargentos, cabos e soldados, o tempo de duração do curso é de 50 horas e pode ser estendido até que o aluno demonstre aptidão. “Nunca aconteceu acidente. Acontecem alguns incidentes de tiros nesse processo, mas no sentido de que a munição engancha, ou mesmo a arma apresenta certa dificuldade na rampa de acesso, mas, no geral, são problemas solucionados na hora”, garante o comandante.
O comandante ressalta que durante o treinamento questões de segurança como a postura, posição da arma e observação do aluno são avaliados individualmente pelos instrutores para que não haja falhas.
Todas as submetralhadoras .40 foram recolhidas para serem periciadas. Primeiro, quem deve avaliar o armamento é a empresa Taurus, que deve apresentar um relatório sobre possíveis falhas, se houver, nos equipamentos. A empresa é a fabricante do modelo.
Em um vídeo que circulou em várias redes sociais (veja abaixo), um instrutor faz um teste com uma arma similar a submetralhadora utilizada pela polícia. Nele, a arma de marca Taurus dispara mesmo com o ferrolho fechado e que deveria garantir a segurança do portado.
“Nesse caso específico do vídeo, o modelo de arma é diferente. É importante que se diferencie isso”, adianta Raphael.