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Babás de cães e gatos podem ganhar R$ 3 mil

Os cuidadores de cães oferecem suas casas para hospedar animais enquanto seus pais viajam ou então vão até a casa do cliente.

Reprodução

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Quem tem bichinhos de estimação certamente conhece a dor e a dificuldade que é viajar e encontrar um lugar ideal para deixar os pets. Durante muito tempo, hotéis caninos foram a alternativa para tutores que não podiam levar seus cães consigo para qualquer lugar. Porém, o alto custo deste investimento acabou dando espaço para outra profissão recente no mercado: os cuidadores de cães. Eles oferecem suas casas para hospedar animais enquanto seus pais viajam ou então vão até a casa do cliente.

Para entender melhor o trabalho destes profissionais autônomos, conversamos com três Pet Sitters – como é conhecida a profissão que é sucesso nos Estados Unidos e Europa. Confira, nos slides a seguir, como funciona o processo de adaptação dos bichinhos ao lar temporário e quais são as maiores dificuldades encontradas nesse processo.

Para Gabriela Mühlbach, cuidadora e sócia da empresa Passeio e Companhia há dois anos, o trabalho de pet sitter chegou na hora certa. Alguns anos atrás, ela descobriu que estava com câncer e previu que logo precisaria abandonar o emprego na área de TI para começar os tratamentos. Com mais tempo livre, ela decidiu buscar atividades que a deixassem relaxada e ativa. E, como sempre gostou muito de cachorros, se matriculou em um curso com a intenção de virar passeadora de cães durante a licença de saúde. ‘Percebi que seria difícil me manter apenas como passeadora ao final da licença e também não estava preparada para deixar a área de Tecnologia. Então, fiz curso de pet sitter e divulguei para os amigos e colegas de trabalho que eu estava fazendo este serviço’, contou.

‘Deu muito certo! Como Pet Sitter, pude organizar melhor os horários de atendimento e eles não colidem com o horário do trabalho fixo. No fim, a ideia nunca foi apenas ter remuneração extra e sim estar com animais para me proporcionar bem estar e felicidade’, contou a cuidadora Gabriela Mühlbach.

Com o sucesso do trabalho, Gabriela resolveu investir ainda mais neste segmento e convidou a amiga Cristiana Simon para ser sua sócia, já que ela estudava comportamento canino e tinha muito interesse em cuidar de outros animais. Com o tempo, as sócias concluíram que este trabalho é muito importante para donos de cachorros com rotina atribulada: ‘Sempre mandamos fotos e vídeos dos bichinhos, além de um relatório no fim da visita. É uma maneira de deixar os donos dos animais mais tranquilos quando não puderem estar junto deles.’, afirmou Cristiana.

Para a dupla, conquistar a confiança de pessoas quando elas não chegam por indicação é a parte mais difícil: ‘O serviço é feito na casa das pessoas quando elas estão muito longe e vulneráveis. É uma questão delicada, por isso, é muito importante construir uma boa reputação e respeitar a casa e a privacidade do cliente. Se ele se sentir seguro, preservado e bem atendido, indicará a nossa empresa para outros amigos’, contou Gabriela. Atualmente, as sócias possuem 15 clientes fixos de pets entre cachorros e gatos que residem em São Paulo.