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Faturamento das micro e pequenas empresas cai 4,6% em julho

Trata-se da 5ª queda seguida, na comparação com mesmo mês de 2013. Pesquisa do Sebrae-SP é feita com 2.716 proprietários.

O faturamento das micro e pequenas empresas no estado de São Paulo, descontada a inflação, registrou queda de 4,6% em julho em relação ao mesmo mês do ano passado. De acordo com o Sebrae-SP, foi a quinta queda consecutiva do índice. No acumulado de janeiro a julho, a receita das empresas ficou estável ante o mesmo período de 2013. Em relação a junho, houve aumento no faturamento de 1,3%.

Em julho, a receita total foi de R$ 45,7 bilhões, R$ 2,2 bilhões a menos do que em julho de 2013 e R$ 586,3 milhões a mais do que em junho deste ano.

O impacto no faturamento, principalmente na indústria e comércio, é motivado, segundo o Sebrae, pelo fraco desempenho da economia brasileira em 2014 e piora na confiança dos empresários e dos consumidores.

A pesquisa Indicadores Sebrae-SP é realizada mensalmente, com apoio da Fundação Seade. São entrevistados 2.716 proprietários de MPEs do Estado de São Paulo por mês. No levantamento, as MPEs são definidas como empresas de comércio e serviços com até 49 empregados e empresas da indústria de transformação com até 99 empregados, com faturamento bruto anual até R$ 3,6 milhões.

Indústria, comércio e serviços
Houve queda de 2,8% da receita real das MPEs da indústria em julho deste ano em relação a 2013 e recuo de 14,1% nas do comércio no mesmo período. Apenas o setor de serviços apresentou resultado positivo, com crescimento de 8,3% no faturamento de julho em relação a um ano antes, beneficiado pelo bom desempenho do segmento de transportes, que havia desacelerado em igual período do ano passado.

O ABC paulista registrou alta de 8,2% no faturamento em julho de 2014 ante julho de 2013 – primeiro porcentual positivo após quatro meses seguidos de queda, quando comparado com o mesmo mês do ano anterior. O interior teve queda de 8,3% no faturamento. No município de São Paulo, houve estabilidade. Na região metropolitana, a receita caiu 0,8% no mesmo período.

Expectativa
De acordo com a pesquisa, em agosto deste ano, a maioria dos donos de MPEs paulistas (59%) acredita em estabilidade no faturamento das empresas nos próximos seis meses. Em agosto de 2013, a mesma expectativa era compartilhada por 56% deles. Outros 27% aguardam melhora, porcentual igual ao de um ano antes, e 6% esperam piora.

Com relação à evolução da economia brasileira, em agosto, 17% dos proprietários falaram em melhora, o menor porcentual desde maio de 2005, quando começou a série histórica da pesquisa. Já 53% disseram em agosto esperar que a situação fique inalterada nos seis meses seguintes, quase o mesmo índice de agosto de 2013, que foi de 52%. A parcela dos que aguardam piora foi de 17% em agosto de 2013 ante 22% em agosto deste ano.