Os atletas tiveram que recorrer por diversas vezes a recursos do futebol de areia para avançar.
22 jogadores em campo e o desafio de conseguir conduzir a bola. Com a forte chuva que despencou, sobretudo, no primeiro tempo, coube ao criticado Rafael Moura sair do banco de reservas para salvar o Inter e assegurar a vitória de 1 a 0 sobre o Atlético-PR em jogo sofrível neste sábado, na Arena da Baixada. Não havia como ser diferente: a drenagem do estádio, que recebeu quatro partidas na Copa, deixou a desejar e praticamente inviabilizou a troca de passes.
Os atletas tiveram que recorrer por diversas vezes a recursos do futebol de areia para avançar.
A situação expôs ainda mais a casa atleticana, que ainda não havia enfrentado nenhum temporal desde a sua entrega para o Mundial, em junho.
Pior para o Furacão, que vê a zona de rebaixamento cada vez mais próxima. Nos últimos nove jogos, a equipe somou apenas uma vitória – empatou três vezes e perdeu outras cinco – e acompanhou até mesmo a troca no comando técnico com a saída de Doriva e a chegada de Claudinei Oliveira, ex-Paraná.
Para tentar reverter o momento de baixa, o novo treinador rubro-negro promoveu uma mudança tática no time, abandonado o esquema com três zagueiros e apostando numa formação com três atacantes – Marcos Guilherme, Marcelo e Douglas Coutinho, alternativas essencialmente de velocidade.
Ou seja, com o gramado pesado, o tiro acabou saindo pela culatra.
O Atlético-PR ainda chegou a abrir o placar com Coutinho aos 15 minutos do segundo tempo, mas a arbitragem anulou após flagrar toque de mão do jovem jogador ao se antecipar ao experiente Dida. Ele foi punido com cartão amarelo. A resposta colorada veio aos 36, em cruzamento de Alex, combinação entre Valdivia e Rafael Moura que o centroavante mandou para as redes.
O Inter ameniza, assim, uma incômoda marca que o acompanha neste ano: o desempenho ruim em estádios da Copa. Exceção feita ao Beira Rio, obviamente, havia acumulado apenas uma vitória em oito partidas, com cinco empates e duas derrotas.
O time colorado ainda trabalha para a reestreia de Nilmar, apresentado nesta sexta-feira à torcida e que corre atrás da documentação junto ao Al Jaish, do Catar, seu ex-clube, e da melhor forma física. Mesmo com o gol, Rafael Moura vinha sendo fortemente contestado pela torcida ao lado do companheiro Wellington Paulista pela dificuldade em balançar as redes.
O Atlético-PR teve as melhores oportunidades em campo. A maior parte delas ainda no primeiro tempo, forçando o veterano Dida a se esticar por mais de uma vez para evitar a abertura do placar. Na volta do intervalo, o meia Bady ainda acertou a trave em cobrança de falta que contou com desvio na barreira.
Com o resultado, o Atlético-PR fica com 28 pontos, na 11ª posição, somente seis à frente no momento do Botafogo, que abre a zona de rebaixamento. Com 41, o Inter se aproxima do vice-líder São Paulo e não poderá mais ser alcançado pelo Corinthians mesmo em caso de vitória alvinegra no clássico paulista, neste domingo.
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO-PR 0 x 1 INTERNACIONAL
Local: Arena da Baixada, em Curitiba (PR)
Data: 20 de setembro de 2014, sábado
Horário: 18h30 (de Brasília)
Árbitro: Flávio Rodrigues de Souza (SP)
Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho (Fifa-SP) e Márcio Luiz Augusto (SP)
Cartões amarelos: Douglas Coutinho (Atlético-PR); Fabrício (Internacional)
GOL:
INTERNACIONAL: Rafael Moura, aos 35 minutos do segundo tempo
ATLÉTICO-PR: Wéverton; Mário Sérgio (Sueliton), Gustavo, Cléberson e Willian Rocha; Deivid, Hernani (Sidcley), Bady e Marcos Guilherme (Marco Damasceno); Marcelo e Douglas Coutinho
Técnico: Claudinei Oliveira
INTERNACIONAL: Dida; Gilberto, Ernando (Juan), Paulão e Fabrício; Wellington, Aránguiz, D’Alessandro, Eduardo Sasha (Valdívia) e Alex; Wellington Paulista (Rafael Moura)
Técnico: Abel Braga