O pai do estudante de 20 anos que desapareceu durante uma festa na Universidade de São Paulo (USP) disse que a família percorre delegacias e busca pistas do paradeiro do filho que segue desaparecido. Victor Hugo Santos participava da festa dos 111 anos do Grêmio Politécnico, que começou na noite de sexta-feira (19).
“Basicamente não sabemos nada. Desde que ele desapareceu até o presente momento, o que a gente tem feito é andar atrás de delegacias, colher depoimento de pessoas que tiveram com meu filho na festa, mas efetivamente saber aonde ele foi parar não sabemos nada”, afirmou José Marques dos Santos, pai de Victor. A família também recorreu às redes sociais na tentativa de localizar o estudante.
Victor Hugo Santos, que cursa design gráfico no Senac, foi até o evento que começou na noite de sexta-feira e só terminou na madrugada de sábado (20).
Segundo o Grêmio, 5 mil pessoas participaram da festa open bar, no Velódromo. Marcelo D2 e CPM22 foram atrações. Quando terminaram os shows, por volta das 4h30, ele se separou do grupo de amigos e não voltou mais.
“Os shows tinham acabado e a gente estava saindo da festa. Ele falou: ‘Eu vou buscar uma cerveja’. E nisso a gente se desencontrou”, disse o estudante Artur Sarmento.
O Grêmio Politécnico disse que tinha 140 seguranças e duas ambulâncias no local. Um representante da empresa C.O.S Group, responsável pela segurança do evento, disse não houve registro de brigas durante a festa.
“Nessa festa não tivemos nenhuma ocorrência de briga de nenhum gênero em que fosse preciso retirar alguém do evento”, disse ao Bom Dia São Paulo por telefone.
O desaparecimento de Victor foi registrado no 5º Distrito Policial de Osasco, na Grande São Paulo, onde a família mora. Porém, a investigação deverá ser conduzida pelo 91º Distrito Policial, da Vila Leopoldina, na Zona Oeste de São Paulo. A irmã informou ainda que na manhã desta segunda-feira deve procurar o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e também a Universidade de São Paulo (USP).
Por meio de nota, a assessoria de imprensa da USP informou que a festa tinha "sido autorizada pela Prefeitura do Campus e, para essa autorização, teve de atender a uma série de critérios relacionados à segurança e à infraestrutura do evento". A segurança do evento estava a cargo dos organizadores, segundo a USP, mas que a "Guarda Universitária fornece apoio e atendimento no caso de ocorrências".