Os ocupantes ainda tentaram resistir, mas o Centro de Gerenciamento de Crises negociou com as lideranças e o local foi deixado ‘pacificamente’.
Um grupo de sem-teto chegou a montar uma barricada para impedir que a tropa de choque da Polícia Militar de Alagoas (PM/AL) cumprisse os mandados de reintegração de posse de um conjunto destinado às vítimas da enchente de 2010 na manhã desta terça-feira (23).
As cerca de 315 moradias do Conjunto Maria José Viana de Santana, localizadas no municípios de Joaquim Gomes, a 70 km de Maceió, estavam ocupadas por sem-teto ligados ao Movimento Via do Trabalho (MVT).
Os ocupantes ainda tentaram resistir, mas o Centro de Gerenciamento de Crises negociou com as lideranças e o local foi deixado ‘pacificamente’. A secretária de Assistência Social do município, Madalena Gomes, esteve no local para dar garantias.
As famílias foram alocadas em um ginásio de esportes, onde deverão permanecer por duas semanas, até que seja a avaliada a situação cadastral de cada uma delas.
Este não é o primeiro conjunto ocupado pelo movimento. A coordenação estadual responsabiliza os gestores pelas ocupações. Segundo Marcos Antônio, o Marrom, só no local é a terceira ocupação que o movimento faz.
“As vítimas da enchente não têm para onde ir. Foi realizada um cadastro com 900 pessoas em 2012, mas nem o conjunto é entregue, nem as obras são terminadas e quem não tem para onde ir fica a mendigar. Por essa razão ocupamos as residências”, destacou Marrom.
O coordenador do movimento alegou ao Alagoas24horas que a reintegração de posse foi ‘sorrateira’ e que “por não haver um comunicado ela não deveria ser cumprida já que é arbitrária e ilegal”.