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Experiência cabana é tema de discussão com historiador em Jacuípe

O evento é organizado pela Comissão Pastoral da Terra em Alagoas (CPT) como parte da programação da 27ª Romaria da Terra e das Águas.

CPT/AL

Cartaz da Romaria da Terra e das Águas

A experiência Cabana nas matas do município de Jacuípe será tema da conversa com o professor doutor Luiz Sávio de Almeida com a população da cidade. O evento é organizado pela Comissão Pastoral da Terra em Alagoas (CPT) como parte da programação da 27ª Romaria da Terra e das Águas.

De acordo com Carlos Lima, coordenador da CPT, os cabanos foram índios, negros, mestiços e brancos pobres que ocuparam uma parte das matas nos estados de Alagoas e Pernambuco.

“Foram chamados de Cabanos porque viviam em cabanas. Foi uma luta por terra e por liberdade que durou de 1832 a 1835. A ocupação cabana e as matas densas contrariavam os interesses dos produtores de cana e de algodão, que desejavam ampliar as suas plantações”, destacou Lima.

Ainda de acordo com ele, o governo e os donos de terra chamavam os cabanos de “criminosos”, “bandidos” e “salteadores”. “Assim criminalizavam a legitima luta cabana e justificavam o uso da força. Com a retirada do povo cabano, as matas foram derrubadas e os canaviais avançaram por quase toda região do litoral e da mata”, explicou.

Romaria da Terra e das Águas
A Romaria da Terra e das Águas, em sua 27ª edição, ocorrerá entre os dias 8 e 9 de novembro, no município de Jacuípe. Com saída de Canafístula ao Assentamento Boa Vista. A organização é da CPT, Arquidiocese de Maceió, Comunidade Eclesiais de Base (Ceb’s) e Paroquia São Caetano de Thiene.