A polícia realizou incursões pela grota, mas ninguém foi preso. Uma comerciante da região disse que recebeu uma ligação exigindo que ela fechasse a loja ou teria o estabelecimento destruído.
Comerciantes fecharam as portas até os ambulantes deixaram suas bancas
O triplo homicídio registrado na manhã desta terça-feira, dia 30, ainda apresenta desdobramentos. Durante toda a manhã, os boatos de arrastões e reações à suposta ação policial na Grota do Cigano tomaram as redes sociais e afetaram até o funcionamento do comércio existente na Avenida Cleto Campelo.
Algumas lojas, temendo a ação de vândalos, fecharam as portas. Um forte aparato policial foi enviado à grota, uma vez que a população acusava um militar de ser o autor da morte dos três jovens: de 19, 13 e 11 anos, que supostamente teriam envolvimento com o tráfico de drogas.
A polícia realizou incursões pela grota, mas ninguém foi preso. Uma comerciante da região disse que recebeu uma ligação exigindo que ela fechasse a loja ou teria o estabelecimento destruído. Foi o que ocorreu em um laticínio da região. funcionários disseram que um grupo de vândalos teria iniciado um quebra-quebra no estabelecimento. O proprietário do local, que não quis se identificar, afirma que o prejuízo é de cerca de R$ 5 mil Reais referente aos freezers quebrados.
O Alagoas24Horas esteve no local e registrou o clima tenso entre os poucos comerciantes que continuam no local. Cerca de cinco viaturas da PM circulavam pelas ruas do bairro e um dos militares questionou se a equipe de reportagem estava utilizando colete balístico. O helicóptero da PM também sobrevoou o bairro na tentativa de localizar o suposto grupo que estaria realizando as ameaças.
A reportagem do Alagoas24Horas tentou contato com o Comando de Policiamento da Capital, mas não obteve êxito.
Um vídeo enviado por um morador do bairro mostra o momento em que os policiais chegam à Grota do Cigano. Houve tumulto e os militares atiraram com balas de borracha para dispersar o grupo.