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Pesquisa: 90% dos smartphones perdidos no País têm dados violados

O experimento revelou que 90% dos smartphones perdidos tiveram dados pessoais e profissionais acessados por quem os encontrou.

Edgar Su / Reuters

Smartphones foram perdidos em três capitais brasileiras

Uma pesquisa realizada pela empresa de segurança Symantec apontou que nove em cada 10 smartphones perdidos no País têm seus dados violados pela pessoa que encontrou o aparelho. Para realizar a pesquisa, a Symantec "perdeu" 30 dispositivos em três capitais brasileiras. Os aparelhos abandonados em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília foram modificados para que a companhia pudesse monitorar remotamente tudo o que pessoas fizessem com os aparelhos.

O experimento revelou que 90% dos smartphones perdidos tiveram dados pessoais e profissionais acessados por quem os encontrou. Em apenas 27% dos casos, houve a tentativa de devolução do celular, o que não implica na ausência do acesso prévio aos dados ou outras funções indevidamente.

A pesquisa mostrou ainda que 83% dos dispositivos foram acessados para obter informações pessoais e usar aplicativos particulares. Para informações empresariais e aplicativos de trabalho este número cai para 53%. Em média, uma vez perdido, o telefone levou cerca de três horas antes de ser acessado pela primeira vez. Cerca de 50% dos equipamentos levou uma hora antes de ter o primeiro acesso.

Entre os dados mais acessados se destacam que 70% dos aparelhos apresentaram acesso a fotos particulares e 47% em redes sociais e senhas. Além disso, 40% deles registraram tentativa de acesso a serviços bancários, outros 37% em planilha de salários e 30% em e-mails corporativos.

Esta é a primeira vez que a pesquisa é realizada no Brasil. Nos Estados Unidos, o estudo revelou que metade das pessoas que encontraram os aparelhos tentaram contato para devolvê-lo e 96% deles tiveram dados violados.