Mobilização não afetará serviços básicos oferecidos a população, diz federação nacional dos policiais federais
Os sindicatos que representam agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal farão uma paralisação de 24 horas nesta terça-feira (11). De acordo com informações da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapf), a mobilização não afetará os serviços básicos oferecidos a população.
Na paralisação de amanhã, segundo o presidente do sindicato, estima-se que 50% do efetivo deva continuar trabalhando para, além de garantir o patamar mínimo de 30%, não interferir nos serviços à população. A mobilização, no entanto, deve se intensificar ao longo do ano. “Serviços emergenciais não vão ser interrompidos”, declarou. Entre eles, estão as investigações complexas, a escolta de presos e o serviço de imigração.
Na última sexta-feira (7), funcionários da categoria realizaram protestos em diversos Estados. Os atos foram marcados com o "algemaço" e os agentes penduraram suas algemas nas cabines das instituições. A categoria entrou em estado de greve na quarta-feira (29).
De acordo com a Federação Nacional dos Policiais Federais, estão em estado de greve os servidores dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Roraima, Rondônia, Acre, Ceará, Alagoas, Pernambuco, Sergipe, Paraíba, Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte.
Os agentes federais reclamam do descaso do Ministério da Justiça, que não reconhece as funções complexas hoje exercidas pelos agentes federais em inteligência, análise criminal, fiscalização, interpol e perícia de impressões digitais. Apesar do nível acadêmico exigido para o ingresso em todos os cargos policiais desde 1996, eles ainda são tratados como servidores de nível médio.