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Oposição venezuelana não tem autorização para marcha de hoje

Segundo ele, a decisão do presidente Nicolás Maduro, de não autorizar a manifestação desta terça-feira, é apoiada incondicionalmente.

Carlos Garcia Rawlins / Reuters

Simpatizantes do presidente Maduro

A marcha convocada para hoje (18) pela oposição na Venezuela não está autorizada a passar pelo município Libertador, onde está situado o Ministério de Relações Interiores, Justiça e Paz, informou o presidente do Parlamento venezuelano, Diosdado Cabello. O dirigente da oposição Leopoldo López convocou a população para a marcha, que parte de uma área do leste da capital, Caracas, e tem o Ministério das Relações Interiores como destino.

"Nenhuma marcha da oposição vai entrar no município Libertador. Não está autorizada e não vai passar", disse Cabello.

Segundo ele, a decisão do presidente Nicolás Maduro, de não autorizar a manifestação desta terça-feira, é apoiada incondicionalmente. Para o presidente do Parlamento, a oposição está usando a violência como instrumento político e tem o plano de derrotar o presidente do país. O líder do partido oposicionista Vontade Popular, Leopoldo López, é acusado pelo governo da Venezuela de estar envolvido nos acontecimentos violentos que provocaram três mortes e deixaram dezenas de feridos durante marchas da oposição na semana passada.

Segundo a imprensa venezuelana, López é acusado pela Justiça de homicídio intencional qualificado, executado por motivos fúteis e não nobres; de associação e instigação para cometer delito; intimidação pública; incêndio a edifício público; e de danos à propriedade pública e lesões graves.

Há uma semana, diariamente são registrados protestos de estudantes em várias localidades venezuelanas. Na noite de ontem (17), um estudante de 17 anos foi atropelado por uma viatura enquanto protestava na localidade de Carúpano, estado de Sucre, a cerca de 600 quilômetros a leste de Caracas. O jovem foi atropelado por, supostamente, não permitir a passagem de uma viatura e está internado em “estado delicado”, segundo o deputado da oposição César Rincones.