O município possui 200 desntistas e 500 axuliares que não estariam cumprindo sua carga horária por falta de estrutura.
Conforme haviam antecipado na última semana, profissionais ligados ao Sindicato dos Odontólogos de Alagoas realizam na manhã desta quarta-feira, dia 19, um protesto contra a falta de condições de trabalho oferecidas pelo município. O município possui 200 dentistas e 500 auxiliares que não estariam cumprindo sua carga horária por falta de estrutura.
Segundo José Tenório, secretário do sindicato, a população está certa em reclamar da falta de profissionais, mas os odontólogos estão querendo trabalhar e não conseguem por falta de estrutura. “Os equipamentos estão sem manutenção há mais de um ano e até o momento o município não tem nenhuma reposta”. Ainda segundo o sindicato, nenhum posto do município oferece atualmente serviço odontológico.
Para Airton Mota Mendonça, presidente do sindicato, pelo menos quatro centros odontológicos de Maceió não estariam funcionando por problemas relacionados à falta de materiais descartáveis e equipamentos dessas unidades. “Tem posto de saúde que está há quatros anos sem atendimento, o que é um absurdo. O prefeito (Rui Palmeira) herdou uma infelicidade, já que até material de anestesia está faltando para o trabalho”, alerta o dentista.
Em entrevista ao Alagoas 24 horas na última semana, Audrey Guerreiro, coordenadora de Saúde Bucal da Secretaria Municipal de Saúde, a secretaria já teria feito um diagnóstico da situação e apontado quais ações devem ser tomadas para melhorar os centros odontológicos. Os documentos foram encaminhados para aprovação do município. “A gente tá tocando o barco e aguardamos ansiosamente para que haja um retorno normal das atividades. O que fiquei sabendo foi que já em 2013 os contratos da gestão passada [do ex-prefeito Cícero Almeida ] estavam com débitos e a Secretaria de Saúde teve que utilizar os recursos para pagar as dívidas”, diz ela.
Ainda de acordo com Audrey, o setor financeiro do município já estaria em mãos com três processos que envolvem aquisição de materiais odontológicos, equipamentos e contratação de técnicos para a manutenção dos equipamentos. “Infelizmente não há prazos definidos para isso, mas acredito que até o final de fevereiro vamos conseguir a aquisição de materiais”, revela.
Audrey espera ainda que entre 60 a 65% dos profissionais possam enfim retornar às atividades. “Não é por falta do nosso interesse, não é o intuito nosso prejudicar a população, mas não podemos trabalhar sem o mínimo exigido”, diz.