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Namorada de torcedor do América afirma que ele não cometeu crime

Quase dois anos depois de ter sido acusado de assassinar o torcedor do CRB, Jonathan Daniel dos Santos, o torcedor do América de Natal, Al Unser Ayslan Silva do Nascimento, está sendo julgado, na tarde desta terça-feira, 25, no Fórum Desembargador Jairo Maia Fernandes, no Barro Duro.

Izabelle Targino/Alagoas 24 Horas

Julgamento acontece no Fórum do Barro Duro

Quase dois anos depois de ter sido acusado de assassinar o torcedor do CRB, Jonathan Daniel dos Santos, após uma partida de futebol, Al Unser Ayslan Silva do Nascimento, está sendo julgado, na tarde desta terça-feira, 25, no Fórum Desembargador Jairo Maia Fernandes, no Barro Duro.

O Tribunal do Júri está sendo presidido pelo titular da 8ª Vara Criminal da Capital, o juiz Maurício Brêda e teve início por volta das 13h45. A primeira pessoa a ser ouvida foi o delegado Gilson Rêgo, coordenador da Delegacia de Homicídios na época.

Ele contou em juízo que não presidiu o inquérito, mas no dia do crime estava na delegacia para recepcionar o ex-secretário de Segurança pública, Dário César e a secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki.

Na condição de declarante, o delegado informou que Al Unser Ayslan, integrante da torcida organizada Máfia Vermelha do América de Natal, teria confessado o crime no dia de sua prisão. Ele chegou a afirmar que o acusado teria dito que pegou a arma e atirou contra a torcida do CRB. Assim atingido a vítima, Jonathan Daniel dos Santos.

No entanto, a versão foi contestada pela namorada o acusado Gisele Gurgel do Nascimento. Ao ser interrogada pelo juiz Maurício Brêda, ela afirmou que o namorado era inocente e disse que Al Unser Ayslan não confessou o crime na delegacia.

"Eu passei o tempo todo com ele (Al Unser Ayslan) e ele não atirou. Não tinha como ele confessar um crime que não cometeu", disse.
Gisele também alegou que não sabia da existência de uma arma de fogo no ônibus da torcida do América de Natal. Ela chegou a dizer ainda que a polícia procurava um culpado e queria que ela incriminasse outro torcedor, chamado de Marcelo, que foi levado à delegacia junto com Al Unser Ayslan no dia do crime.

O pai da vítima, José Virgulino dos Santos Filho, também foi ouvido. Ele falou do comportamento do filho e informou que Jonathan Daniel não tinha envolvimento com drogas e que era apenas um ‘simples’ torcedor do CBR.

No dia do assassinato, segundo José Virgulino, a vítima havia saído de casa para assistir o jogo em companhia de um vizinho de 16 anos. No decorrer do interrogatório, José Virgulino respondeu as perguntas da defesa e acusação e em seguida foi dispensado.

Após o depoimento do pai da vítima, as demais testemunhas de acusação foram dispensadas pelo promotor Flávio Gomes, do Ministério Público, decisão acatada também pelo Juíz Maurício Brêda, pela defesa e jurados.

Caso

No dia 08 de julho de 2012, Jônatas Daniel dos Santos foi assassinato a tiros ao sair do Estádio Rei Pelé, no Trapiche, após a partida entre CRB e América de Natal.

As torcidas dos dois times trocaram provocações durante toda a partida e ao final do jogo acabaram em atrito. Segundo informações da polícia, regatianos teriam apedrejado os ônibus da torcida do América que se encontravam estacionados na porta do estádio.

Em meio à confusão houve disparo de tiros e o torcedor do CRB identificado como Jonatas Daniel dos Santos, 24 anos, foi atingido, no tórax e encaminhado ao Hospital Geral do Estado. A vítima foi submetida à cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos.

Após o caso, os torcedores do América foram levados à delegacia e Al Unser Ayslan Silva do Nascimento teria confessado, em depoimento, ser o autor dos disparos, segundo à Polícia Civil.