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Cícero Ferro diz que réus são culpados pelo atentado

O julgamento dos acusados de tentar assassinar o ex-deputado estadual Cícero Ferro e seu motorista José Maria Ferro, em Minador do Negrão no ano de 2004, teve início na manhã desta quarta-feira, 26, e deve se prolongar até amanhã (27).

Ascom TJAL

Acusados de tentar matar ex-deputado Cícero Ferro vão a júri popular

O julgamento dos acusados de tentar assassinar o ex-deputado estadual Cícero Ferro e seu motorista José Maria Ferro, em Minador do Negrão no ano de 2004, teve início na manhã desta quarta-feira, 26, e deve se prolongar até amanhã (27).

O Tribunal do Júri, conduzido pelo titular da 9ª Vara Criminal da Capital, juiz Geraldo Amorim, teve início sob forte esquema de segurança e o clima ficou tenso entre familiares das vítimas e réus. No entanto, o magistrado informou à imprensa que não iria admitir intimidações e nem policiais à paisana circulando pelo local.

O Juiz Geraldo Amorim disse ainda que hoje serão ouvidas todas as testemunhas de defesa e acusação. Já os debates entre os advogados de defesa e acusação deverão ser realizados nesta quinta-feira, 27.

Dos cinco acusados do crime, apenas Jackson Cardoso Ferro não pôde comparecer por problemas médicos. Waldex Macedo Cardoso Ferro, José Ilton Cardoso Ferro, Wagner Macedo Cardoso Ferro e Wanderley Cardoso Ferro compareceram ao júri e acompanham, nesta manhã, o depoimento das vítimas da tentativa de homicídio.

O primeiro a ser ouvido foi o ex-deputado Cícero Ferro. No interrogatório, ele disse não ter dúvidas que os réus são os culpados pelo atentado e informou que desconhece a motivação do crime, mas acredita que todo o esquema foi premeditado.

Ferro contou detalhes do atentado e explicou que no dia do crime havia saído da fazenda da família quando o seu veículo, conduzido por José Maria, foi interceptado, primeiramente, por Wanderley Cardoso, Zé Ilton, Waldek Macedo e outros três comparsas.

Ele disse ainda que os acusados começaram a atirar no carro. Neste momento, o ex-deputado pediu para seu motorista seguir com o veículo. No meio da perseguição, os acusados atolaram o carro.

Ao conseguir escapar do primeiro grupo, Cícero Ferro afirmou que foi abordado por outro carro com Jackson e outras quatro pessoas. O ex-parlamentar contou ainda que chegou a ficar ferido na testa, no maxilar, perna e braço.

Para se desvencilhar da quadrilha, José Maria e Cícero Ferro conseguiram bater no carro dos acusados e fugiram para a fazenda do ex-deputado. Eles foram seguidos, mas os acusados não chegaram a entrar no local. A quadrilha, ao deixar a fazenda, atirou ainda em uma residência.
A outra vítima do atentado, José Maria, também foi ouvida e respondeu as perguntas do juiz.