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Advogado confirma morte de Chapéu de Couro

Chapéu de Couro estava internado no Hospital São Lucas desde a última segunda-feira, 24, quando sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) em uma das celas do Complexo Penitenciário Antônio Jacinto Filho (Compajaf), no bairro Santa Maria/SE

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‘Chapéu de Couro’ é alagoano e acusado de diversos crimes

O pistoleiro e ex-reeducando, Maurício Novaes Guedes, conhecido por Chapéu de Couro, de 72 anos, morreu – na manhã desta quinta-feira, 06 – no Hospital São Lucas, em Sergipe. A informação foi confirmada pelo advogado do ex-detento Evânio Moura, que disse que a morte do paciente ocorreu por volta das 10h30.

Chapéu de Couro estava internado no Hospital São Lucas desde a última segunda-feira, 24, quando sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) em uma das celas do Complexo Penitenciário Antônio Jacinto Filho (Compajaf), no bairro Santa Maria/SE.

Na semana passada, toda imprensa alagoana e sergipana divulgou a morte de Chapéu de Couro após a confirmação da Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania de Sergipe (Sejuc/SE), mas – horas depois – a informação foi negada pelos familiares e pela própria Sejuc.

O corpo de Chapéu de Couro será velado na cidade de Glória, em Sergipe, de onde será levado, nesta sexta-feira , 07, para o município de Jacaré dos Homens, em Alagoas.

Histórico Chapéu de Couro

O pistoleiro estava preso na unidade penitenciária desde o ano passado após ter sido detido com uma arma de uso restrito na Operação Valquíria da PC de Sergipe. Ele também era acusado de fazer parte de uma quadrilha responsável por 17 homicídios, além de tráfico de drogas, armas e roubo de carga em vários estados, com ramificações em Sergipe.

Chapéu de Couro era considerado um mito nos estados de Alagoas, Sergipe e Bahia. Ele seria o responsável pela execução da deputada federal eleita, Ceci Cunha, e seu marido, em dezembro de 1998, em uma residência no bairro da Gruta. Ele teria feito o ‘serviço’ a mando do suplente, Talvane Albuquerque, que já foi condenado com autor intelectual do crime.

Além da Chacina da Gruta, Chapéu de Couro também teria executado o deputado estadual de Sergipe, Joaldo Barbosa, em 2002 e o agiota sergipano, conhecido como Motinha, em 1999. Há suspeitas que ele tenha envolvimento no assassinato do deputado estadual baiano Maurício Cotrim, em setembro de 2007, na cidade de Itamaraju.

Chapéu de Couro era irmão do último chefe de bando de cangaceiros do nordeste Brasileiro, Floro Novaes, líder do bando "Guerreiros do Sol", morto em 1971. Ezequiel Chapéu de Couro, filho de Maurício, também era pistoleiro e morreu assassinado em 2007.

Em Sergipe, Maurício Novaes Guedes também foi condenado pela morte do empresário José Augusto Santana, assassinado a tiros em uma praça de Aracaju, em agosto de 1985. Chapéu de Couro passou vários anos preso nos presídios de Nossa Senhora da Glória, Areia Branca, Baldomero Cavalcante, em Alagoas, e por último, no Compajaf, onde estava interno.