A posse dos novos ministros está marcada para a próxima segunda-feira (17) e contempla a segunda etapa da reforma ministerial, iniciada há um mês.
Entre as mudanças de ministros no governo da presidenta Dilma Rousseff (PT), ocorridas nesta quinta-feira, 14, foi anunciado o nome de um alagoano para ocupar a pasta do Ministério do Turismo. Além dele, o ex-superintendente da Caixa Econômica Federal (CEF) em Alagoas foi indicado para o Ministério das Cidades. Também foi anunciado a troca dos comandos dos ministérios do Desenvolvimento Agrário, da Pesca e Aquicultura, da Ciência, Tecnologia e Inovação, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
A posse dos novos ministros está marcada para a próxima segunda-feira (17) e contempla a segunda etapa da reforma ministerial, iniciada há um mês. A troca ministerial é em decorrência a corrida eleitoral deste ano, uma vez que para concorrer os pré-candidatos precisam deixar os cargos ocupados até o próximo dia 5 de abril, há exatos seis meses do pleito eleitoral.
Na mudança ministerial, o alagoano Vinícius Nobre Lages foi anunciado para assumir a pasta do Ministério do Turismo no lugar de Gastão Vieira. Lages é doutor em economia do desenvolvimento atualmente exerce o cargo de gerente de assessoria internacional do Serviço Brasileiro às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), já foi membro do Conselho Nacional de Turismo e representante do órgão na Organização Mundial do Turismo.
Avaliado como um nome técnico do que político e confortável nas fileiras do Partido Progressista, capitaneado em Alagoas por Benedito de Lira, o nome do ex-superintendente da CEF no Estado, Gilberto Occhi, foi anunciado para ocupar o lugar de Aguinaldo Ribeiro, na pasta do Ministério das Cidades. Ele não é alagoano, mas teve uma passagem pelo Estado.
Na primeira troca do comando de algumas pastas do governo Rousseff, deixaram os cargos os ex-ministro Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Alexandre Padilha (Saúde) e Helena Chagas (Comunicação Social). As pastas foram assumidas, respectivamente, por Aloizio Mercadante, Arthur Chioro e Thomas Traumann. Detalhe, Mercadante antes de assumir a Casa Civil era ministro da Educação, que passou a ser comandada por José Henrique Paim.
Na atual mudança, o Ministério do Desenvolvimento Agrário, pasta ocupada por Pepe Vargas, será assumido pelo ex-presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto. Ele já ocupou a pasta durante o governo Lula. Petista desde a fundação do partido, Rossetto é formado em ciências sociais, participou da política sindical, foi deputado federal e vice-governador do Rio Grande do Sul.
Para a pasta da Ciência, Tecnologia e Inovação no lugar de Marco Antonio Raupp foi anunciado o reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Clelio Campolina Diniz. Com perfil acadêmico, Diniz é doutor em ciência econômica e professor aposentado da UFMG.
Formado em engenharia mecânica e em engenharia de operação, Diniz presidiu o Parque Tecnológico de Belo Horizonte e integrou o Conselho Técnico-Científico da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
O senador Eduardo Lopes (PRB-RJ) ocupará o Ministério da Pesca e Aquicultura, atualmente conduzido pelo senador Marcelo Crivella, também do PRB fluminense. Suplente de Crivella, Eduardo Lopes já foi deputado federal e é o atual líder o PRB no Senado. Ele é jornalista, trabalhou na Rede Record de Televisão e foi diretor-presidente do Jornal Folha Universal e da Editora Gráfica Universal.
Neri Geller, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura desde janeiro do ano passado, será o substituto de Antônio Andrade na pasta. Filiado recentemente ao PMDB, Geller foi deputado federal entre 2007 e 2011 pelo PP. Gaúcho da cidade de Selbach, o novo ministro estabeleceu-se. em 1984, como agricultor na região de Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso, e é um dos maiores produtores de grãos do país.