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Maconha será cultivada no Uruguai em terrenos militares

Escolha faz parte da proposta de regular a produção, distribuição e venda da droga para garantir que se cumpram todas as medidas de segurança, segundo o ministro uruguaio da Defesa Nacional.

Eduardo Seidl/Palácio Piratini

Presidente da República Oriental do Uruguay José Pepe Mujica

A maconha uruguaia será cultivada “seguramente” em prédios e terrenos das Forças Armadas, afirmou o presidente José Mujica em entrevista ao jornal chileno La Tercera, publicada nesta quinta-feira (13). A escolha de terrenos militares faz parte da proposta de regular a produção, distribuição e venda da droga para garantir que se cumpram todas as medidas de segurança, explicou hoje o ministro da Defesa Nacional, Eleuterio Fernández Huidobro, à Radio Sarandi.

Mujica afirmou que a maconha uruguaia será clonada para que possa ser identificada. “Não queremos ser produtores para exportação, nem complicar a vida dos nossos vizinhos”, disse o presidente. Paralelamente, Huidobro também reforçou que não será permitido que a erva produzida legalmente no Uruguai ingresse em outros países, principalmente nos fronteiriços”, afirmou o ministro.

Aprovada em 10 de dezembro pelo parlamento uruguaio e promulgada duas semanas depois por Mujica, a nova lei gerou polêmica e atenção em escala mundial. No processo de produção, “provavelmente haverá produtores privados, mas sob determinadas condições”, acrescentou o presidente.

A iniciativa estabelece a produção, distribuição e venda de maconha no país como é uma “alternativa” à repressão da luta contra o narcotráfico. A venda está prevista para começar em dezembro ou janeiro, mas “ainda estamos montando os mecanismos”, explicou Mujica.