Sinteal esteve em reunião com o Ministério Público Estadual (MPE) e apresentou uma série de denúncias sobre as escolas da rede pública.
Sede do Ministério Público do Estado de Alagoas
Após as unidades do ensino do Estado serem alvo de uma investigação do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE), representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal) se reúnem, nesta quarta-feira (26), no Ministério Público Estadual (MPE), para debater a falta de profissionais e de estrutura física das escolas da rede pública. Trinta e três unidades passaram por reforma após ser decretado urgência administrativa.
Para Maria Consuelo, presidente do Sinteal, o momento é importante para que o MPE acolha as sugestões dos diretores de escola. “Esperamos que o MPE tome as medidas cabíveis que competem à instituição já que ano passado nós encaminhamos um dossiê que dava conta da qualidade do material e das reformas nas escolas, assim como vem sendo denunciado pela mídia”, diz.
Entre as denúncias veiculadas, Maria exemplifica um caso em que um pedreiro foi flagrado cobrindo buracos e falhas na construção com um rolo de tinta. “A qualidade do material também é questionado pois chegamos a presenciar trabalhadores passando um rolinho de tinta por cima do mofo, poeira e cobrindo falhas. Sem contar também que eles retiram o material com qualidade melhor, a exemplo de revestimentos de parede, e colocam outro de qualidade inferior”, complementa.
De acordo com a promotora da Educação, Cecília Carnaúba, o MPE só poderá tomar uma posição após o fim da reunião. Questionada sobre a necessidade de convocação dos concursados da Saúde, Cecília foi enfática: “O MP trabalha para a comunidade, não temos como discutir as vagas agora, se não sabemos qual é a principal carência”, esclarece.
No último dia 10 de março, em entrevista concedida ao Alagoas 24 Horas , a promotora comentou uma matéria exibida no programa ‘Fantástico’, da Rede Globo. O programa retratou o abandono do ensino público no Brasil e revelou escolas sem água potável e até sem sala de aula. Entre os estados investigados esteve Alagoas.
Para Cecília, as denúncias são ainda mais graves do que as veiculadas na televisão. “Há 10 anos que o Ministério Público acompanha essas administrações escolares, isso pra gente não é novidade”, destacou.