A maior parte das lesões foram desferidas contra as pernas da menina.
Procurada pelo Alagoas24horas, a assessoria do Hospital Geral do Estado (HGE) confirmou que continua grave o estado de saúde da menina de apenas um ano e nove meses espancada no último domingo (30), no bairro do Feitosa.
Segundo a mãe da criança, mãe e filha já haviam sido espancadas outras vezes por José Arnaldo Jacinto do Nascimento. Uma das vezes vizinhos denunciaram as agressões. Desta vez o Serviço Social do Hospital acionou o Conselho Tutelar, que tomou a frente do caso.
A menor está sedada e entubada na UTI pediátrica do HGE e seu estado de saúde ainda é considerado grave. A maior parte das lesões foram desferidas contra as pernas da menina.
A prisão do agressor deve ser decretada a qualquer momento pela Delegacia de Crimes Contra a Criança e o Adolescente, que trata o caso como tortura. “O serviço social acionou o Conselho Tutelar. O caso foi levado à Central de Flagrantes e depois à Delegacia de Crimes contra a Criança e o Adolescente que assumiu tudo,” confirma o conselheiro Jonas de Carvalho.
A delegada Rosimeire Vieira, da delegacia dos Crimes contra a Criança e o Adolescente, informou na manhã desta terça-feira (1º), que já foi instaurado o inquérito policial, que investigará o caso da menina de um ano e nove meses espancada, internada em estado grave na UTI pediátrica do HGE (Hospital Geral do Estado).
Rosimeire Vieira afirmou ainda que solicitou o exame de corpo de delito da criança, bem como o relatório de atendimento médico e pericial do hospital e que a mãe da criança já prestou depoimento.
Segundo a delegada, no momento detalhes sobre o caso não podem ser divulgados, para não prejudicar o andamento das investigações.
Ainda segundo Carvalho, a mãe da menor, Roberta dos Santos Silva, de 27 anos, estava em casa no momento da agressão, mas não soube explicar como aconteceu. “Ela confirmou que estava em casa, mas que não estava no mesmo cômodo e não sabe como aconteceu,” relatou Carvalho que disse ainda que a mãe admitiu que as agressões eram recorrentes e que o padastro batia na enteada ‘para descontar quando tinha raiva dela’.
Contra o agressor pesam outros cinco boletins de ocorrência, todos referentes a agressões à ex-mulher e maus-tratos aos filhos.