Se o cumprimento da Lei 9266/1996 que rege as atividades em âmbito nacional não forem cumpridas, os policiais federais ameaçam entrar em greve até a Copa do Mundo.
Agentes da Polícia Federal em Alagoas voltam a realizar mobilização
Agentes da Polícia Federal de Alagoas decretaram na manhã desta quarta-feira (2), uma paralisação das atividades pelo período de 48 horas. A reivindicação que é de cunho nacional exige o cumprimento da Lei 9266/1996 que prevê atribuições e subsídios de nível superior dentro de uma carreira única profissional.
Cerca de 120 agentes da Polícia Federal estão agora com as atividades paralisadas. “São 48 horas de paralisação. Nenhum agente, nenhum escrivão e papiloscopista vai fazer nada, a não ser aqueles que são subservientes aos delegados e que estão trabalhando, pois esses não há como impedir”, ataca Jorge Venerando, presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Estado de Alagoas (Sinpofal).
Os serviços essenciais como atendimento nos setores de emissão passaporte estão interrompidos. Os policiais montaram um café da manhã na porta da sede, no bairro do Jaraguá.
De acordo com os policiais, as negociações em Brasília não estão tendo avanço e se não forem concluídas até o mês de maio, a corporação deve deflagrar uma greve em pouco tempo. “Ainda não temos uma data definitiva, mas no próximo dia 8 haverá outra paralisação. E aí na Copa do Mundo, se o governo não atender até maio, deveremos endurecer o movimento e entrar em greve”, afirma o presidente.
A mobilização na frente da sede acabou tendo a presença do superintendente da Polícia Federal, Omar Gabriel, que cricou possíveis excessos. “Os servidores possuem o direito de entrar em greve, desde que não desrespeite as leis”, alertou.