Categorias: Política

Deputado volta atrás e afirma que MP não gastou com buffet

Deputado volta atrás e afirma que MP não gastou com buffet.

Deputado Ricardo Nezinho

O relator do parecer da 2ª Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Assembleia Legislativa de Alagoas, deputado Ricardo Nezinho (PMDB) – que apontou gastos considerados exorbitantes na contratação de buffet, pelo Ministério Público Estadual – voltou atrás em suas considerações, exatamente duas sessões e uma coletiva após a divulgação do documento.

Nezinho conversou com a imprensa e sugeriu ter sido mal interpretado. “Eu não disse, em momento algum, que houve gasto”, declarou o deputado, explicando que as despesas são baseadas em licitações públicas.

No entanto, o texto publicado na íntegra pela Assembleia Legislativa de Alagoas, deixa claro como o parlamentar vê o uso dos recursos do MP. “Vê-se que o órgão ministerial tem orçamento com superlativa folga, pois, se dá ao luxo de licitar com esbanjo em gastos supérfluos, onde pretende servir em seus regabofes, com dinheiro público, inaceitavelmente, filé ao vinho com amoras, carolinas recheadas com salmão defumado e filé de peixe à cleópatra, entre outras guloseimas caras e refinadas iguaria".

O deputado se referia à contração de um buffet e escolha de pratos como filé ao vinho com amoras, carolinas recheadas com salmão defumado e filé de peixe à Cleópatra, que constam em um contrato licitado em novembro de 2013, com validade de 12 meses.

No final da manhã de hoje, o procurador-Geral de Justiça, Sérgio Jucá, negou à imprensa, ter realizado gastos exorbitantes com buffet. Ele afirma que foram contratados dois serviços, sendo um no valor de R$ 815 Reais para um coffee-break, em 2013 e outro R$ 2.400, por conta de uma transmissão de cargo do MP. Ambos sem as “iguarias” apontadas pelo deputado. Tais gastos – segundo o procurador – foram divulgados no Portal da Transparência Ruth Cardoso.

Questionado pela imprensa sobre de onde teria retirado as informações, o deputado não soube responder. Confirmou que as adquiriu no portal da transparência.