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Polícia divulga reconstituição facial de esquartejado em São Paulo

Delegado que investiga o caso diz que vai esperar resultado de exame de DNA para divulgar identidade da vítima.

Divulgação/Polícia Civil

Suspeito preso admitiu ter recebido R$ 30 para espalhar partes do corpo da vítima

A Polícia Civil divulgou neste sábado (5) a reconstituição do rosto do homem que foi assassinado, esquartejado e teve as partes do corpo espalhadas em torno do cemitério da Consolação, em Higienópolis, região central de São Paulo, no último dia 23. A cabeça do homem só foi encontrada na Sé quatro dias depois.

Segundo a polícia, foi usado um programa de computador para resconstituir digitalmente o rosto da vítima, já que a cabeça estava em estado avançado de decomposição. A identidade do homem, no entanto, ainda não foi divulgada.

O delegado Itagiba Franco, do do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pelas investigações, disse que vai esperar o resultado do exame de DNA para divulgar o nome da vítima.

"Eu pedi agilidade para entrega do resultado do exame de DNA. Ela [a perita da Polícia Técnico-Científica] disse que é impossível agilizar devido a complexidade do exame. Provalvelemente, devemos ter esse resultado no final da semana que vem", disse ao iG.

Familiares de um homem desaparecido procuraram a polícia e doaram material para o exame de DNA. Eles teriam visto a foto computadorizada da vítima e reconheceram como sendo do parente desaparecido.

Prisão

Um morador de rua foi preso nesta sexta-feira (4) sob a suspeita de ter espalhado os sacos com os pedaços dos corpos da vítima pelo centro da cidade. O homem negou envolvimento com o crime, mas disse que recebeu R$ 30 de um desconhecido para "fazer o serviço". Ele disse, no entanto, que não sabia o que tinha nas embalagens e usou o dinheiro para comprar crack, segundo o delegado Franco.

O homem era procurado por roubo a uma pena de cinco anos e quatro meses. Ele permance preso.

O caso
Um saco de lixo, com pernas e braços, foi encontrado por volta das 9h de domingo (23/03) na esquina das ruas Sergipe e Sabará. Pouco depois, uma gari encontrou um carrinho de feira e um outro saco preto no cruzamento das ruas Mato Grosso e Coronel José Eusébio. Dentro dele estava o tronco da vítima enrolado a uma peça de roupa feminina. Parte da pele foi arrancada – a polícia suspeita que seja para ocultar uma tatuagem.

Um outro saco preto com uma coxa foi encontrado em uma floreira na rua da Consolação. O corpo teve as pontas dos dedos cortadas. De acordo com os legistas, a morte aconteceu na madrugada de domingo e, o esquartejamento, quando a vítima já estava morta.

A cabeça foi encontrada por um morador de rua na tarde de quinta. Ele vasculhava o lixo em busca de comida. Ao mexer no saco plástico que guardava a cabeça, sentiu um cheiro forte e chamou a GCM.