Engenheiro de estrutura é aguardado para avaliar risco de novos desabamentos
O Corpo de Bombeiros retoma os trabalhos realizados no entono do silo do Moinho Motrisa que desabou na tarde desta segunda-feira (7). A causa do rompimento da estrutura ainda está sendo investigada, mas a suspeita é que o trigo congelado trazido do Canadá pode ter criado bolsões dentro do silo e um dos bolsões tenha cedido forçando a estrutura de concreto que se rompeu.
O trabalho do CB foi suspenso à meia-noite justamente por que havia risco de que o mesmo pudesse ocorrer com o silo ao lado. O Motrisa então decidiu esvaziar o outro silo. Os trabalhos foram realizados durante toda a noite e a madrugada de hoje (8). Um técnico da empresa é esperado para confirmar o completo esvaziamento do local de armazenamento. Também é esperada a presença de um perito engenheiro em estrutura para avaliar o risco de desabamento de peças de concreto que continuam penduradas no silo que sofreu avaria.
“Estamos aguardando a chegada de um engenheiro de estrutura já que a possibilidade de haver vítimas soterradas é remota, por que até o momento não há registro de parentes reclamando por desaparecidos. Então a pressa nas buscas por vítimas ficou concentrada durante a tarde e a noite de ontem. Como a possibilidade é quase nula de que haja pessoas soterradas não vamos colocar a vida dos bombeiros em risco e decidimos aguardar o engenheiro para só depois de um laudo retomar os trabalhos,” confirmou o Major Carlos Burity, da assessoria do CB.
Burity também classificou o ocorrido como ‘fato dantesco’ e disse ter sido um milagre não haver vítimas fatais. Apesar de o socorro não ter sido feito pelo Corpo de Bombeiros o CB confirma que cinco pessoas foram resgatadas por populares e se encontram no HGE. Na região, 60 residências e estabelecimentos comerciais foram esvaziados e a área de isolamento abrange quarteirões e centenas de residências. “Não tem tempo determinado para a permanência da área de isolamento. Os cordões só serão retirados quando não houver mais risco para a população.
Já para os empresários do entorno os prejuízos são incalculáveis. Délio Albuquerque, dono da Vip Autopeças, confirmou que ainda não é possível calcular os prejuízos. “Tinha trigo até o teto ontem a tarde. Desde dezembro do ano passado uma parte da estrutura se rompeu, mas como era de madrugada eles fizeram uma emenda. O resultado agora é esse”, lamenta o empresário.