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Abril vermelho: sem-terra aguardam reunião com Vilela dia 29

A praça é considerada pelos movimentos sociais em Alagoas como símbolo de resistência da luta pela Reforma Agrária no Estado.

Assessoria MST

Assessoria MST

Os trabalhadores rurais ligados ao Movimento Sem Terra terão uma ‘extensa’ pauta de reuniões com os órgãos estaduais e federal em Alagoas nesta quarta-feira, 16. Em Jornada Nacional de Lutas de Abril, os trabalhadores rurais acampam desde a última segunda (14) na Praça Visconde de Sinimbú, no Centro de Maceió.

A praça é considerada pelos movimentos sociais em Alagoas como símbolo de resistência de luta pela Reforma Agrária no Estado. Uma vez que a área já foi acampamento de movimentos, a exemplo do MLST e MTL, que chegaram a acampar a região por mais de um ano, além de ficar em frente à sede administrativa Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Desde segunda, os trabalhadores vêm desenvolvendo uma série de atividades no Estado. Além da ocupação da Praça Sinimbú, eles paralisaram no dia de ontem (15) as obras do Canal do Sertão, nas imediações do município de Inhapi, 275 km de Maceió. O trecho faz parte da transposição do Rio São Francisco, e, os trabalhadores protestam para que seja realizado um estudo técnico na região do sertão para irrigação nos acampamentos e assentamentos.

Ainda nesta quarta, os agricultores levaram as pautas e as demandas para a Eletrobras Alagoas, Instituto de Meio Ambiente (IMA) e Incra. Eles trataram de questões referentes à reforma agrária, vistorias, certificações e o fornecimento elétrico nas áreas de acampamento e assentamento no Estado.

A série de mobilização, segundo Débora Marcolino, da direção nacional do MST, é momento de luta dos trabalhadores rurais brasileiros, em face a memória dos vitimados no massacre de Eldorado dos Carajás, em 2007, no Pará.

Reunião com governador

Os trabalhadores rurais tem agenda com o governador Teotonio Vilela (PSDB) no próximo dia 29. “Pelo menos garantiu o secretário do Gabinete Civil, Álvaro Machado”, destacou a assessoria do MST. Isso porque, o secretário teria ‘prometido’ uma audiência caso os trabalhadores deixassem os canteiros de obra.