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Muito cuidado com o que você come na rua

O calor que bronzeia a pele, que aquece o banho de praia e que pede uma gelada no “happy hour” após o expediente é o mesmo que pode estragar a maionese do sanduíche que você come na orla ou o churrasquinho comercializado no comércio de Maceió.

O calor que bronzeia a pele, que aquece o banho de praia e que pede uma gelada no “happy hour” após o expediente é o mesmo que pode estragar a maionese do sanduíche que você come na orla ou o churrasquinho comercializado no comércio de Maceió.

Mas o sol não é o único inimigo dos ambulantes que circulam pela cidade vendendo suas iguarias. “A forma como o alimento é manipulado, refrigerado, guardado, transportado e entregue ao cliente faz toda diferença na qualidade final do produto. O cuidado com todas essas etapas pode evitar os desagradáveis sintomas da intoxicação alimentar e riscos à vida do consumidor”, alerta o gastroenterologista e endocopista Daniel Veras.

Na lista dos alimentos mais sensíveis ao calor estão os frutos do mar (ostras, camarão etc.); sanduíches com molho à base de maionese; carnes em geral e delícias que levem em sua composição embutidos (presuntos, defumados etc.).

Infelizmente, quem não dispensa um churrasquinho no final de tarde também está em risco. O auxiliar de escritório César André Lima, que trabalha numa loja de importados no centro da capital alagoana, afirma que “a temperatura do fogo elimina tudo”, por isso ele dá preferência ao churrasquinho e ao bate-papo com os amigos.

O problema é que a alta temperatura da brasa não livra o risco de intoxicação alimentar. Se a carne já estiver com início de deterioração, o resultado será o mesmo. A presença do sal e dos temperos também não impedirá o problema.

As frituras são outro problema sério. O uso repetido do mesmo óleo ou a demora no consumo do produto pode tornar pastéis, coxinhas e outros salgados um convite à intoxicação alimentar.

A saída para o problema é os ambulantes investirem em cursos de boas práticas na manipulação de alimentos. Os restaurantes já ostentam selos que atestam essas boas práticas. Agora fica a questão: porque os ambulantes também não podem receber este selo e apresentá-lo como um diferencial importante para cativar e preservar a saúde de sua clientela?

Quem abre mão dos ambulantes pode preparar a própria alimentação, mas também, nesses casos, é preciso adotar procedimentos simples como: evitar levar crustáceos; dar preferência ao frango assado; evitar frituras e sanduíches com embutidos, molhos e maionese; manter a temperatura do alimento em cooler ou bolsas refrigeradas ou protegida do sol entre outros.

Intoxicação
Existem dois transtornos intestinais agudos: aquele de origem infecciosa, produzido por bactérias, e aquele tóxico. Essas toxinas também podem ter origem bacteriana ou outras fontes. O perigoso botulismo, por exemplo, é uma dessas toxinas bacterianas, daí a preocupação em se observar a aparência (textura, odor e aparência) dos alimentos assim como a integridade das embalagens de produtos industrializados, onde o botulismo também pode dar o ar de sua graça. O problema é que o botulismo pode matar em questão de semanas se não tratado.