Vítimas serão ouvidas primeiro; PC aguarda laudos do CB e da Defesa Civil.
Até o final da tarde de ontem (16), 17 Boletins de Ocorrência (BOs) foram registrados na Polícia Civil relacionados ao desabamento parcial do silo do Moinho Motrisa. Os BOs foram abertos no 2° Distrito Policial e os registros foram feitos sob orientação do setor jurídico da própria empresa.
“A ideia é que as pessoas que tiveram carros ou imóveis avariados fizessem o BO para alugar quartos de hotéis ou acionar a seguradora,” explica o chefe de operações do 2° DP, Ariel Almeida.
Ainda segundo Ariel, a PC deve investigar as causas do acidente com base nos laudos que serão emitidos pelo Corpo de Bombeiros e Defesa Civil – sem data para emissão. “O delegado deve investigar se foi um acidente e suas causas ou se houve falha ou negligência. As vítimas serão ouvidas primeiro e, só depois, os representantes da empresa. Com base nisso o delegado decidirá por indiciamento” esclarece Ariel.
Entre os boletins está o do empresário Délio Albuquerque, dono da Vip Autopeças. Segundo Ariel, o empresário teria reclamado de pelo menos 15 veículos avariados depois que toneladas de trigo invadiram sua loja. Um homem com luxação no braço também está entre as vítimas que registraram BO.
Os técnicos contratados pela empresa devem entregar nesta quinta (17) o projeto para demolição das placas pendentes no silo do Moinho Motrisa. Os trabalhos estão suspensos desde que a DRT exigiu os laudos à empresa.