Pelo menos é o que garante uma pesquisa publicada recentemente no jornal oficial da Sociedade Americana de Medicina e Cirurgia a Laser (ASLMS).
Considerado um dos tipos de câncer cutâneo mais comum em pessoas de pele clara, o carcinoma basocelular de baixa gravidade, responsável por causar problemas funcionais e estéticos na região atingida, pode ser combatido com a combinação de dois lasers usados em procedimentos de beleza. Pelo menos é o que garante uma pesquisa publicada recentemente no jornal oficial da Sociedade Americana de Medicina e Cirurgia a Laser (ASLMS).
Segundo o estudo, a junção dos aparelhos Pulsed Dye Laser (PDL) e Nd:YAG pode ser eficaz na eliminação da doença ao combater uma de suas principais características: a presença de vasos sanguíneos dilatados que “alimentam” o tumor. Isso porque as duas tecnologias juntas têm o poder de “secar” todos esses dutos, “matando” o câncer de fome e promovendo, assim, a regressão da doença.
A utilização dessa novidade pode tornar a extração do carcinoma mais segura, pois evita os riscos de uma cirurgia, ainda que pequena. Afinal, procedimentos cirúrgicos, independentemente de sua complexidade, oferecem riscos de infecção ou reação adversa. Além disso, o uso dos lasers impede o surgimento das cicatrizes deixadas pela intervenção cirúrgica.
“No entanto, apesar de todos os benefícios aparentes, é fundamental ressaltar que essa terapia emergente e promissora precisa ainda de novos estudos para que ganhe um protocolo definitivo de utilização, tanto nos Estados Unidos quanto aqui, e seja inserida no nosso dia a dia”, afirma Cristiane Dal Magro, dermatologista da Clínica Francisco Leite & Dal Magro Dermatologia, de Porto Alegre.
Os lasers citados na pesquisa são de uso comum dos dermatologistas, sobretudo nos tratamentos estéticos que visam o rejuvenescimento da pele e o clareamento de manchas e vasinhos dilatados da face. Apesar disso, quando aprovada, a técnica contra o problema de saúde só poderá ser conduzida por um profissional capacitado e nunca em clínicas que realizam procedimentos puramente estéticos.
Mais sobre o câncer
Por ser considerado menos agressivo, já que raramente chega aos tecidos mais profundos do corpo, o carcinoma basocelular tende a ter um tratamento rápido e fácil se descoberto logo no início.
Pessoas de pele clara, que tomaram muito sol sem proteção adequada ao longo da vida, são as mais suscetíveis ao desenvolvimento da doença, pois a exposição crônica à radiação solar provoca alterações na estrutura da pele e no DNA das células que, em determinado momento, começam a se multiplicar de forma acelerada e desordenada, dando início ao tumor.
“Além disso, ele é mais comum em peles claras devido à menor concentração de melanina, que é o pigmento produzido no organismo que também atua como um defensor natural da cútis”, explica a especialista.