Os moradores entraram em contato com o órgão e solicitaram vistoria, pois perceberam um aumento significativo na temperatura do piso em determinadas partes das casas.
Técnicos do Instituto do Meio Ambiente (IMA) visitaram, no final da manhã de hoje (08), três casas nos bairros do Bom Parto, Jaraguá e Gruta de Lurdes em Maceió, com o objetivo de verificar a temperatura do piso das residências. Os moradores entraram em contato com o órgão e solicitaram vistoria, pois perceberam um aumento significativo na temperatura do piso em determinadas partes das casas.
Na casa da senhora Nazaré de Lima, no Bom Parto, durante a manhã desta quinta-feira a temperatura na cozinha variou entre 23 e 26 graus. A moradora disse que no último final de semana, quando passou pelo cômodo sentiu o piso muito quente e ficou assustada. “Meu genro colocou uma toalha úmida na cerâmica, mas não adiantou. Por conta do calor chegou a sair até vapor da toalha”, afirmou.
Já na residência do bairro do Jaraguá, a temperatura máxima registrada durante a vistoria foi de 29 graus. O morador informou que durante a noite o piso fica muito mais quente e a mudança é facilmente percebida. Nos dois casos, de acordo com o diretor de fiscalização do IMA, Carlos Eduardo Godoy, é possível que a causa da elevação da temperatura seja porque as casas foram construídas em regiões que antigamente eram de mangue e a quantidade de matéria orgânica embaixo desses locais é grande. Por conta da decomposição pode haver este tipo de mudança na temperatura.
O IMA vai monitorar essas residências para que caso voltem a registrar calor excessivo sejam feitas perfurações no solo para a retirada de material que deverá passar por análise.
A temperatura mais elevada foi registrada na residência localizada na Gruta de Lourdes. Em uma das cerâmicas do banheiro o termômetro chegou a marcar 42 graus. A proprietária da residência informou que recentemente foi feita uma reforma hidráulica e uma obra de esgotamento sanitário na casa.
“Entrei em contato com a empresa que fez o serviço e perguntei se eles haviam usado algum tipo de material químico que pudesse ter elevado a temperatura, mas eles garantiram que nada que causasse esta situação foi utilizado”, contou. O IMA orientou a moradora a procurar um engenheiro sanitarista para que seja realizada uma análise no local, na tentativa de descobrir o que está causando a variação da temperatura.