Diretora da escola e mãe da jovem reafirmam conduta ilibada da vítima.
Foi realizado na manhã desta quarta-feira (14), o enterro da adolescente Dayse Larissa da Silva Melo, de 14 anos, morta a tiros no bairro Santa Lúcia. Familiares e amigos se reuniram no Cemitério São José, no Prado, para o último adeus à jovem.
Em entrevista à imprensa, a mãe da jovem, Rita Freire de Souza Melo, de 39 anos, voltou a negar o envolvimento da filha com o tráfico ou outros ilícitos. Diferente do que havia informado ontem, Rita Freire negou que tenha sido apresentada ao suposto namorado da filha. “Nunca fui apresentada a um namorado e não sabia que ela tinha um. O que sei é que minha filha sempre despertou a inveja de outras pessoas por que era muito bonita”, contou emocionada a mãe de Dayse.
Ontem, Rita chegou a dar depoimento informal à polícia dizendo que a filha tinha acabado um relacionamento recentemente o que levantou a suspeita de crime passional. A diretora da escola onde Dayse estudava, Edna Holanda, também disse desconhecer que a jovem mantinha um relacionamento. Sobre a estudante, a diretora teceu elogios e confirmou que Dayse era uma aluna com bom comportamento e bom desempenho escolar e que não existe na escola nenhuma notificação contra ela. “Fiquei surpresa quando descobri que ela foi assassinada. A primeira informação que chegou à escola é de que tinha sido um acidente. Somente quando cheguei no local e vi o corpo descobri que tinha sido homicídio”, contou a diretora.
Durante entrevista à Rádio Gazeta, o delegado Ronilson Medeiros, da Delegacia de Homicídios, confirmou que as hipóteses de bala perdida, latrocínio, tráfico e briga de gangues estão descartadas. O delegado não quis entrar em detalhes para não prejudicar o curso das investigações, mas confirmou que mensagens das mídias sociais podem ajudar a chegar em um suspeito. Na versão do delegado, os criminosos teriam pedido a uma amiga de Dayse para que ela se afastasse momentos antes de atirar na jovem, comprovando se tratar de uma execução.
Medeiros confirmou ainda que a adolescente estava sendo ameaçada e que a informação teria chegado a ele através de amigos da vítima. A família disse que não sabia das ameaças. “Vamos ouvir pessoas do círculo familiar e social dela (Dayse) e também investigar através das mídias sociais. Por enquanto o crime será investigado pela Delegacia de Homicídios. O caso só repassado a Delegacia de Menores se for comprovado que os envolvidos no crime não são maiores de idade,” explicou o delegado.