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Filho de Erasmo Carlos tem morte cerebral

Ele aproveitou para advertir sobre o perigo de andar de moto, principalmente sem o uso de equipamentos de proteção.

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Alexandre Pessoal

Léo Esteves, filho de Erasmo Carlos, conversou com o EGO na manhã desta quarta-feira, 14, e confirmou a morte cerebral do irmão, Alexandre Pessoal. A família, inclusive, já deu início aos trâmites legais para doar os órgãos do músico. De acordo com Léo, o laudo oficial ainda não foi liberado por questões de protocolo.

"O laudo médico que decreta a morte cerebral ainda não está pronto, mas os exames já constataram isso. É o protocolo médico normal. Já começamos o processo para a doação de órgãos, foi um consenso da família e da esposa. Acho que ele nunca falou sobre isso em vida, mas achamos melhor assim", disse Leonardo. Ele adiantou ainda que o velório deve acontecer no Jardim da Saudade, no Rio de Janeiro, onde a família tem um jazigo. Narinha, mulher de Erasmo, morta em 1995, também está enterrada no local.

"O Erasmo é um cara muito sensível, a própria carreira dele prova isso. Essa notícia bate de uma forma muito profunda na cabeça de uma pessoa assim. Ele está arrasado, obviamente. Foi para casa e está esperando esses protocolos finais. A gente só lamenta por essa fatalidade", completou Léo.

O caçula de Erasmo disse que o irmão não responde a estímulos desde terça-feira, 13, e que a morte cerebral de Alexandre deve ser decretada oficialmente por volta das 14h. "Ele havia melhorado, mas ontem de manhã teve uma hemorragia que atingiu uma parte do cerébro inoperável. O Alexandre era músico, vivia a vida de uma forma muito intensa. Obviamente estamos muito abalados", disse.

Ele aproveitou para advertir sobre o perigo de andar de moto, principalmente sem o uso de equipamentos de proteção. "Moto é uma coisa muito perigosa. Ele nunca havia sofrido acidente, mas não tinha o capacete adequado. Espero que as pessoas tenham consciência disso, de quão vulnerável é a nossa vida no trânsito, e que pode acabar num acidente grave como esse. Agradeço as orações do país inteiro, que estão sendo muito importantes para o Erasmo", disse.

Erasmo Carlos esteve no hospital Barra D’Or, onde Alexandre foi internado logo após o acidente, na manhã desta quarta-feira, e foi fotografado muito abatido deixando o local. Daniela Tieko, namorada de Gugu – como era chamado entre amigos e familiares -, também visitou o músico no hospital.

"Sabemos que é uma situação irreversível. Se o Gugu estivesse vivo, ele estaria aqui comigo, tomando um chope. Seria ótimo se ele acordasse de um dia para a noite. Mas e as sequelas? Não sei se era isso que ele queria", disse. "Meu tio deve estar totalmente fora do ar. Foi um acidente totalmente idiota. Eu mesmo já caí de moto tantas vezes… Existe tanta gente ruim no mundo, por que foi acontecer isso logo com o Gugu? ", indagou Paulo.

Luto precipitado
Na terça-feira, 13, amigos de Alexandre e integrantes do bloco "Fica Comigo", do qual ele fazia parte, usaram as redes sociais para prestar homenagens ao músico. Os rapazes, inicialmente, escreveram uma mensagem na página oficial do bloco no Facebook: "Infelizmente, estamos aguardando o pior. Se ele tiver que ir, pelo menos, sabemos que ele irá em paz. Oremos!! Desculpem não dar mais detalhes, mas também não sabemos… Estamos a caminho do hospital e de lá daremos maiores informações. Oremos, oremos, oremos."

Logo após a publicação do post, houve a confirmação precipitada da morte cerebral do músico por parte de um de seus parceiros de trabalho, Antonio Carlos de Almeida, e seguidores e amigos começaram a publicar mensagens de apoio, luto e homenagem a Alexandre na rede social.

Horas depois, no entanto, a assessoria de imprensa de Erasmo negou a informação, e disse que ele apresentou grave piora em seu quadro clínico, mas que ainda tem sinais vitais. Leia abaixo o comunicado divulgado na noite de terça-feira, 13:

"Carlos Alexandre Sayão Lobato Esteves, paciente de 40 anos de idade internado em 07 de maio de 2014 com diagnóstico de traumatismo cranioencefálico grave (escala de coma de Glasgow 7) e torácico secundário a acidente automobilístico. Aqui chegou sob o efeito de sedativos, intubado, dependente de ventilação mecânica invasiva e com dreno torácico a direita. Tratamento conservador com suporte circulatório e ventilatório com controle da pressão intracraniana.

Hoje pela manhã houve aumento da pressão intracraniana, seguida de alterações pupilares. Nova Tomografia de Crânio revelou hemorragia cerebral difusa, obstrução do quarto ventrículo e hidrocefalia. Submetido a ventriculostomia com inserção de catéter intraventricular e drenagem externa. oppler transcraniano revelou fluxo sanguíneo cerebral com padrão de alta resistência. Exame neurológico com pupilas fixas e dilatadas. Quadro gravíssimo mantido sinais vitais a base de aminas vasoativas".