A reportagem do Alagoas 24 horas entrou em contato com a assessoria de comunicação do HGE, que informou que irá fazer levantamento sobre o caso.
O presidente do Conselho Tutelar da região IV denunciou na manhã desta sexta-feira, dia 16, o caso de uma menor que supostamente teve um dos rins extraído após dar entrada com dor abdominal no Hospital Geral do Estado. A adolescente, segundo Rafael Martiniano, deu entrada no último dia 4 de abril, com fortes dores e teria sido diagnosticada com apendicite.
Ainda segundo o conselheiro, a paciente foi submetida a procedimento cirúrgico e posteriormente transferida para o Hospital Sanatório. Durante todo o tempo em que esteve internada, no entanto, nem a paciente nem a família da jovem teriam sido informadas sobre o procedimento ao qual ela foi submetida e quais as orientações.
Ao receber alta hospitalar veio a surpresa, a menor teria sido informada por uma enfermeira que teve um dos rins extraídos. A informação chocou a família, que acionou o conselho tutelar da região, por se tratar de uma menor de idade.
Na manhã desta sexta (16), o conselheiro Rafael Martiniano, o marido, a paciente e familiares da jovem foram ao Hospital Geral do Estado para obter detalhes sobre o procedimento. O conselheiro afirma ter percorrido setores como assistência social, ouvidoria e não conseguiu obter o laudo cirúrgico.
“Expliquei em todos os setores que por se tratar de menor de idade ela tem prioridade no atendimento, mas saímos do HGE sem nenhum dado concreto e por isso recorremos à imprensa”, explicou o conselheiro. E complementou, “queremos saber se o rim dela foi realmente extraído e o porquê do procedimento tão radical ter sido adotado”, inquiriu.
Nota de esclarecimento
A direção do Hospital Geral do Estado (HGE) esclarece que a paciente foi atendida nesta unidade hospitalar no dia 2 de abril, com histórico de forte dor abdominal.
No momento do atendimento, a paciente relatou que, há quatro meses, havia sido submetida a uma cesariana. Foi avaliada pela cirurgia geral que detectou abdome agudo, com infecção peritonial.
Após exame de ultrassom, onde não foi visualizada a imagem típica do rim esquerdo em sua topografia usual (o rim estava em posição pélvica), a paciente foi encaminhada ao centro cirúrgico e submetida a uma laparotomia exploradora e nefrectomia (retirada do rim) e o órgão enviado para exame histopatológico (biópsia).
Após o atendimento emergencial, a paciente foi transferida, no dia 5, para o Hospital Sanatório para dá prosseguimento as rotinas pós operatórias.