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Praias alagoanas iniciam ações para conquistar a Bandeira Azul

Certificado garante qualidade ambiental e de serviços; selo internacional é um dos mais importantes do mundo

Setur

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Que as praias alagoanas estão entre as mais bonitas do Brasil todo mundo sabe. Agora, algumas delas buscam reconhecimento internacional de qualidade por meio da certificação do programa Bandeira Azul, concedida anualmente pela FEE (Foundation for Environmental Education – Fundação para Educação Ambiental) a praias e marinas que cumprem requisitos como cuidado com o meio ambiente, segurança e infraestrutura de apoio. “As praias que sustentam a Bandeira Azul podem ser consideradas um exemplo de qualidade aos banhistas”, explica Francis Hurst, gerente de Políticas e Fortalecimento da Secretaria de Estado do Turismo (Setur). “Por isso a importância desta certificação”.

Para ser uma praia Bandeira Azul é preciso cumprir uma série de pré-requisitos que serão apresentados durante um workshop que acontece amanhã (22) e sexta-feira (23) no hotel Praia Dourada, em Maragogi. “Vamos auxiliar os candidatos e futuros candidatos inscritos no programa a preencher o questionário e comprovar o cumprimento dos critérios exigidos”, afirma Mell Bezerra, diretora de Articulação, Negócios e Investimentos da Setur. Entre os presentes estarão representantes das prefeituras de Maragogi (que lançou a candidatura da praia de Barra Grande), Japaratinga (praias de Boqueirão e Centro), Barra de São Miguel e Marechal Deodoro. “O workshop é aberto a todos os municípios que tenham interesse em inscrever suas praias”, explica Mell Bezerra.

O evento conta com o apoio da Setur, prefeitura de Maragogi, Costa dos Corais Convention & Visitors Bureau e do Instituto Ambiental Ratones (IAR), uma ONG sediada em Florianópolis (SC) que é responsável pela avaliação do programa aqui no Brasil. As praias e marinas contempladas ganham o direito de hastear a bandeira azul durante o período de um ano. No entanto, se o contemplado que possuir a certificação não cumprir com os critérios do programa, a bandeira deverá ser retirada permanentemente ou temporariamente, de acordo com o grau de não conformidade.

Para que a praia conquiste o selo é necessário o cumprimento de 34 critérios (alguns não são obrigatórios), agrupados em quatro grandes áreas: educação e informação ambiental, qualidade da água, gestão ambiental e segurança e serviços. Antes de ser qualificada, a praia passa por um período de adequação para resolver os pontos negativos apontados pelos técnicos do IAR. “Uma grande vantagem deste programa é que ele envolve toda comunidade, de moradores a empresários, passando pela prefeitura, ongs e ambulantes. Aliás, é a própria comunidade quem fiscaliza se o programa está sendo executado”, diz Francis Hurst.

Durante o workshop, o IAR vai apresentar casos de sucesso envolvendo praias e marinas que já receberam a certificação. No Brasil, a praia de Jurerê Internacional, em Florianópolis (SC), foi a primeira a receber a Bandeira Azul, em 2009, mas perdeu este direito dois anos depois. Atualmente, apenas praia do Tombo e a marina “Marinas Nacionais”, ambas em Guarujá (SP), e a Prainha, no Rio de Janeiro, e a Marina Costabella, em Angra dos Reis (RJ), receberam o direito de ostentar a bandeira em 2014. A Marina Caiçara, em Marechal Deodoro, está na fase piloto e será avaliada até 2015.

Bandeira Azul
O Programa Bandeira Azul para Praias e Marinas é desenvolvido pela ONG internacional FEE. Teve inicio na França em 1985, e vem sendo implementado em toda a Europa desde 1987. Em 2001, passou a certificar países não europeus. O programa promove o uso sustentável das áreas costeiras (marinhas e de água doce) através de ações de educação e informação ambiental, qualidade de água e balneabilidade, segurança dos usuários e gestão ambiental. O Programa vem trabalhando para unir o turismo e o lazer às questões ambientais.