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Acusado de assassinar amigo em São Miguel vai a júri popular

Réu teria atirado contra Davi Hora depois da vítima pedir para conduzir carro

Caio Loureiro

Juiz André Avancini D´Ávila conduzirá o júri popular

Acusado de assassinar o estudante Davi Hora Barros Omena, em junho de 2005, Rodolfo Câmara Amaral Calheiros, vai a júri popular, no dia 30 de maio, na cidade de São Miguel dos Campos. O juiz André Avancini D´Ávila conduz o julgamento, a partir das 9h, no Fórum Doutor Antônio de Moura Castro, situado na Rua Cel. Francisco Cavalcante, 51, Centro.

Segundo o processo, o crime aconteceu por volta das 3h30 da madrugada, na praça Multieventos, após a vítima, juntamente com dois amigos, tentarem convencer Rodolfo Câmara, que estava embriagado, a deixar Davi Hora conduzir o veículo de volta para Maceió.

O Ministério Público Estadual (MPE) havia ratificado na denúncia contra o réu a prática de homicídio simples por ter agido ignorando o risco do resultado, observando-se assim, a ocorrência de dolo eventual. Tese acompanhada também pelos assistentes de acusação.

Já a defesa havia requerido a despronúncia de Rodolfo Câmara solicitando que o ilícito fosse desclassificado de homicídio doloso (quando há intenção de matar) para homicídio culposo (quando não há intenção de matar) na modalidade da culpa consciente, do artigo 121, inciso 3, do Código Penal. Em depoimento, o réu alegou que o disparo foi acidental, que ele e a vítima eram muito amigos e que nunca tinham brigado. Não obstante, afirmou que houve disputa pela arma entre ele e Davi Hora no momento do disparo.

De acordo com as testemunhas, os jovens tinham ido participar da festa de São João em São Miguel. No caminho de ida, quando passaram pela Barra de São Miguel, o réu teria atirado uma vez para o alto e na segunda tentativa, não teria conseguido atirar porque a arma havia emperrado.

Duas testemunhas oculares relataram que, já dentro do carro, quando voltariam para Maceió, enquanto tentava convencer o réu de entregar-lhe a chave, a vítima disse que se morresse voltaria para pegá-lo. Depois disso, Rodolfo Câmara teria puxado a arma, dito que a vítima não mataria ninguém e atirado contra a cabeça do amigo que estava sentado no banco do passageiro. Uma das testemunhas estava sentada no banco de trás do carro e a outra do lado do motorista pelo lado de fora do carro.

Durante o júri popular, o Ministério Público será representado pelo promotor Hermanne Brito, acompanhado pelo assistente de acusação Welton Roberto. A defesa do réu será conduzida pelo advogado Raimundo Palmeira

Matéria referente ao processo nº 053050008369