Durante a entrevista, o coordenador mostrou o que deve ser uma constante da Seleção de Felipão e evitou dar opinião sobre os protestos que ocorrem - e provavelmente ocorrerão ao longo das próximas semanas - contra a Copa.
Carlos Alberto Parreira, coordenador-técnico da Seleção Brasileira, comandou a primeira entrevista na Granja Comary, em Teresópolis, nesta segunda-feira. Ao lado do auxiliar-técnico Murtosa, Parreira minimizou o dia tumultuado que atletas e comissão tiveram para chegar ao centro que receberá a preparação nacional para o Mundial – o ônibus do Brasil teve que conviver com protestos contra a Copa logo no primeiro dia.
"Cada um pode ver da maneira que interessar. Houve na verdade um contratempo no início, 200 pessoas no máximo. Acho que o povo vai apoiar a Seleção Brasileira. Ninguém vai ficar contra a Seleção. Ao longo dos 100 km (percorridos do Rio até Teresópolis), o coronel (que escoltou o ônibus) falou que o povo aplaudia e apoiava a Seleção o tempo todo", opinou Parreira, que tenta isolar a equipe das discussões e polêmicas em torno do Mundial.
Durante a entrevista, o coordenador mostrou o que deve ser uma constante da Seleção de Felipão e evitou dar opinião sobre os protestos que ocorrem – e provavelmente ocorrerão ao longo das próximas semanas – contra a Copa. Parreira já chegou a fazer críticas sobre a organização, mas agora disse que a Seleção chegou a um consenso de que é hora de falar de futebol – assim, não deu opinião sobre a guerra de palavras entre Romário e Ronaldo.
"Eu acho (a Copa) uma experiência boa para o País, uma oportunidade boa para se mostrar ao mundo. Com relação aos problemas, nós aqui chegamos ao consenso de que deve se falar só sobre a Seleção. Vamos deixar para quem entende falar desses assuntos. Dentro de campo vamos ter a melhor das Copas, estádios muito bem feitos e organizados. Então dentro do campo vamos ter uma Copa muito boa", sentenciou.
Nesta segunda, os jogadores que buscarão o hexa brasileiro dentro de casa se reuniram para seguir à Granja Comary, centro de treinamento que receberá a preparação brasileira antes e durante o Mundial. Os atletas, no entanto, tiveram que conviver com protestos: no Rio de Janeiro, um grupo, na maioria de professores, cercou o ônibus e gritou palavras de ordem contra os gastos da Copa. Em Teresópolis também aconteceram manifestações.