Rodoviários estão reunidos em uma assembleia informal no Aquidabã.
A capital baiana amanheceu sem ônibus nesta terça-feira (27). Segundo informações da Transalvador (Superintendência de Trânsito e Transporte de Salvador), 100% da frota está parada. O órgão informou que são 18 empresas operando o STCO ((Sistema de Transporte Coletivo de Salvador), em mais de 600 linhas com 2,5 mil ônibus na capital baiana.
Cobradores e motoristas decidiram paralisar as atividades após impasse com o Sindicato dos Rodoviários. Na tarde de ontem, após aceitar o acordo com os empresários, o sindicato descartou a greve marcada para hoje, mas um grupo de rodoviários afirmou que não participou da assembleia da categoria sobre a aceitação da proposta feita pela SRTE (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego) e os rumos do movimento paredista.
Durante reunião de conciliação, a superintendente do trabalho e emprego, Isa Simões, apresentou uma proposta que prevê reajuste salarial de 9%, percentual extensivo ao valor do tíquete-alimentação e às demais cláusulas econômicas da convenção coletiva de trabalho dos rodoviários de Salvador. Também está prevista a jornada de trabalho de sete horas e 20 minutos, com 20 minutos de intervalo de descanso.
Daniel Mota, diretor do sindicato dos rodoviários de Salvador, alegou que a proposta foi aceita pela categoria por ser considerada a melhor do Norte-Nordeste e a segunda melhor do Brasil, mas muitos rodoviários foram contra a decisão e paralisaram as atividades desde a tarde de ontem o que causou um caos na capital baiana.
Os rodoviários estão reunidos em uma assembleia informal no Aquidabã e discutem a pauta de reinvindicações. A categoria aguarda a presença de representantes do sindicato.