As lentes cosméticas absorvem 60% da luz visível; as lentes de uso comum absorvem até 92% e as lentes para usos especiais, até 97%.
Muita gente não se dá conta, mas usar óculos escuros sem proteção contra os raios ultravioleta do sol (UVA e UVB) pode ser um tiro no pé, ou melhor, nos próprios olhos.
A explicação é simples. O olho nu, quando exposto ao sol, possui um mecanismo de defesa natural em que a pupila se fecha e protege a retina de quase toda a incidência dos raios solares, entre eles o ultravioleta.
“A agradável escuridão proporcionada pelos óculos escuros engana esse mecanismo natural, fazendo com que a pupila se dilate (abra) e permita que os raios nocivos – e invisíveis – do sol atinjam continuamente o olho e afetem a retina”, explicou o oftalmologista da Santa Casa de Maceió, Sebastião Correia da Rocha.
Conforme relaciona o especialista, existem três tipos de radiação UV na luz solar: A, B e C. O olho deve ser protegido das radiações A e sobretudo das B. A grande maioria dos óculos de sol protege pelo menos 90% das radiações UVB e 60% das UVA.
A lente ideal deve diminuir a luz visível até um nível confortável e ao mesmo tempo eliminar por completo as radiações UV, invisíveis e perigosas. Mesmo as lentes brancas podem absorver de forma significativa os ultravioletas.
Quanto ao tipo de lente, as de plástico são, em princípio, são melhores do que as de vidro, pois filtram melhor os UV. As lentes podem ser classificadas em três categorias, conforme a sua capacidade de absorção dos raios ultravioletas. As lentes cosméticas absorvem 60% da luz visível; as lentes de uso comum absorvem até 92% e as lentes para usos especiais, até 97%.